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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S18<br />

parece essencial o seu seguimento em centros com experiência na mani -<br />

pulação <strong>de</strong> terapêutica imunossupressora e resolução cirúrgica das complicações<br />

inerentes à evolução da doença.<br />

Palavras-chave: Doença inflamatória intestinal, <strong>Pediatria</strong>, Caracterização.<br />

CO10 - Gastrite autoimune e anemia ferropénica refractária: Contri bui -<br />

ção <strong>de</strong> uma pequena série pediátrica<br />

Cristina Gonçalves 1 ; M Emilia Oliveira 2 ; Ana M Palha 2 ; Afonso Fernan<strong>de</strong>s 2 ;<br />

Anabela Ferrão 3 ; Anabela Morais 3 ; Ana Isabel Lopes 4<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Santa Maria, CHLN, EPE; 2- Serviço <strong>de</strong> Anatomia Patológica;<br />

Hospital <strong>de</strong> Santa Maria - CHLN, EPE; 3- Un. <strong>de</strong> Hematologia Pediátrica -<br />

Depto. da Criança e da Família - H. Santa Maria, CHLN, EPE; 4- Un. <strong>de</strong><br />

Gastenterologia Pediátrica - Depto. da Criança e da Família - H. Santa Maria,<br />

CHLN, EPE<br />

Introdução: A epi<strong>de</strong>miologia da gastrite autoimune (GAI) em ida<strong>de</strong> pediá -<br />

trica está actualmente pouco esclarecida. Estudos recentes no adulto têm sugerido<br />

que a GAI, <strong>de</strong>finida pela presença <strong>de</strong> ac.anti-célula parietal (ACP),<br />

possa ocorrer precocemente mediante um processo autoimune. Adicional -<br />

mente, tem sido dada relevância à anemia ferropénica refractária como apresentação<br />

<strong>de</strong> GAI, sendo no entanto escassa a informação em ida<strong>de</strong> pediá trica.<br />

Objectivo/ Métodos: caracterizar o perfil clínico/histológico <strong>de</strong> doentes com<br />

diagnóstico <strong>de</strong> GAI (critério <strong>de</strong> inclusão) estabelecido na sequência <strong>de</strong> EDA<br />

e ACP positivos, integrando investigação etiológica <strong>de</strong> anemia ferropénica<br />

(ferritina &lt; 15ng/dl) refractária e inexplicada, na ausência <strong>de</strong> sintomato -<br />

logia major digestiva/ extra-digestiva. Resultados: 5 jovens,3 sexo feminino,<br />

id. média: 13.5 A(7,25 -16.5).Destacavam-se AF <strong>de</strong> tiroidite autoimune<br />

(2),sarcoidose e mieloma (1) e AP <strong>de</strong> diabetes tipo 1(1).Na admissão: Hb<br />

média 9.5 g/dl(8.5-10,6g/dl),ferritina média 3,3 ng/ml (2.9-5.6). A endos co -<br />

pia mostrou duo<strong>de</strong>nite nodular (2)e atenuação das pregas gástricas (2),<strong>de</strong>stacando-se<br />

histologicamente a presença <strong>de</strong> gastrite atrófica do corpo e hiperplasia<br />

das células endócrinas. Status H.pylori(-). ACP + em todos, com ac.antitransglutaminase,<br />

anti-factor intrínseco e anti-tiroi<strong>de</strong>us(-)s, exceptuando<br />

posi tivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes últimos no caso diabetes.A gastrina estava elevada em 3/5<br />

casos; relação pepsinogénio I/II diminuída num caso. Comentários:nesta<br />

pequena série, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> associação GAI e anemia ferropénica sendo<br />

apenas presumptiva e baseada na plausabilida<strong>de</strong> biológica (inexistência <strong>de</strong><br />

terapêutica específica para avaliação <strong>de</strong> eficácia <strong>de</strong> intervenção), é concordante<br />

com a escassa evidência pediátrica publicada. Adicionalmente à necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vigilância endoscópica, salienta-se a importância da consi<strong>de</strong>ração<br />

<strong>de</strong>sta entida<strong>de</strong> (GAI) na investigação <strong>de</strong> anemia ferropénica refractária em<br />

ida<strong>de</strong> pediátrica e possivelmente da utilização dos ac. ACP integrando o rastreio<br />

em contexto <strong>de</strong> d. autoimune. Comentam-se dificulda<strong>de</strong>s inerentes ao<br />

diagnóstico da GAI, relacionadas com a variabilida<strong>de</strong> dos marcadores,<br />

<strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> amostragem <strong>de</strong> biopsias gástricas, distribuição “patchy” das<br />

lesões e estadio evolutivo da doença.<br />

Palavras-chave: Gastrite Auto-Imune, Anemia Ferropénica.<br />

Área Científica - Neonatologia<br />

CO11 - Terapêutica com óxido nítrico inalado em recém-nascidos com<br />

ida<strong>de</strong> gestacional >= 34 semanas<br />

Andreia Abreu Barros 1 ; Ana Zagalo 2 ; Raquel Marta 3 ; Ana Melo 4 ; Gonçalo<br />

Cassiano Santos 4 ; Teresa Tomé 4<br />

1- Hospital Dr. Nélio Mendonça (Funchal); 2- Hospital <strong>de</strong> Santo André<br />

(Leiria); 3- Hospital <strong>de</strong> Nossa Senhora do Rosário (Barreiro); 4- Maternida<strong>de</strong><br />

Dr. Alfredo da Costa (Lisboa)<br />

Introdução: O óxido nítrico inalado (ONi) é um potente vasodilatador pulmonar<br />

selectivo, utilizado no tratamento da hipertensão pulmonar do recém<br />

nascido (RN). Está formalmente indicado no RN com ida<strong>de</strong> gestacional (IG)<br />

>=34 semanas com insuficiência respiratória hipoxémica, associada a evidência<br />

clínica e/ou ecocardiográfica <strong>de</strong> hipertensão pulmonar. Objetivo: Avaliar<br />

o uso <strong>de</strong> ONi em RN (IG >=34 semanas) com o diagnóstico <strong>de</strong> hipertensão<br />

pulmonar, nos anos <strong>de</strong> 2007-10. Material e métodos: Estudo retrospetivo,<br />

observacional e <strong>de</strong>scritivo. Descreve-se a população <strong>de</strong> RN (IG >= 34s), em<br />

que foi utilizado ONi, internada na Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cuidados Intensivos<br />

Neonatais (UCIN) da Maternida<strong>de</strong> Dr. Alfredo da Costa, no período <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 2007 a Junho <strong>de</strong> 2010 (42 meses). Resultados: Foi utilizado ONi<br />

em 25 RN com IG >= 34s. A hipertensão pulmonar foi secundária a: sepsis,<br />

pneumonia, asfixia grave e síndrome <strong>de</strong> aspiração meconial. A média do<br />

índice <strong>de</strong> oxigenação inicial foi 44,3. A dose <strong>de</strong> ONi foi <strong>de</strong> 10 a 43ppm. A<br />

duração média <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> ONi foi <strong>de</strong> 2,3 dias. A <strong>de</strong>mora média <strong>de</strong> interna -<br />

mento foi <strong>de</strong> 10,6 dias e a mortalida<strong>de</strong> 48%. Em nenhum caso tratado se veri -<br />

ficou toxicida<strong>de</strong> da terapêutica. Conclusões: O ONi constituiu uma terapêutica<br />

segura no período neonatal que permitiu actuar na hipoxémia grave.<br />

Palavras-chave: Óxido nítrico inalado, hipertensão pulmonar, recém nascido.<br />

CO12 - Importância da monitorização contínua da função cerebral num<br />

programa <strong>de</strong> hipotermia induzida<br />

Isabel Sampaio 1 ; André Graça 1 ; Vera Santos 2 ; Carlos Moniz 1<br />

1- Serviço <strong>de</strong> Neonatologia - Hospital <strong>de</strong> Santa Maria - Centro Hospitalar <strong>de</strong><br />

Lisboa Norte, EPE; 2- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> - Hospital <strong>de</strong> Faro, EPE<br />

Introdução e objectivos: A monitorização contínua da função cerebral com<br />

o electroencefalograma <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> integrada (aEEG) tem vindo a ser adoptada<br />

pelas Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN). A hipotermia<br />

induzida é uma técnica recentemente aceite como standard of care na encefalopatia<br />

hipoxico-isquemica (EHI) e as aplicações do aEEG na hipotermia<br />

vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o diagnóstico diferencial e a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> iniciar o tratamento até à<br />

<strong>de</strong>finição do prognóstico neurológico. Trata-se <strong>de</strong> uma técnica fácil <strong>de</strong> aplicar<br />

à cabeceira. A nossa UCIN iniciou há menos <strong>de</strong> um ano o primeiro programa<br />

<strong>de</strong> hipotermia induzida em Portugal, preten<strong>de</strong>ndo-se com este trabalho salientar<br />

a importância do aEEG nesse contexto. Metodologia: Os RN admitidos<br />

no programa <strong>de</strong> hipotermia induzida foram todos monitorizados continuamente<br />

com o monitor <strong>de</strong> aEEG mono-canal Olympic CFM 6000, usando<br />

eléctrodos <strong>de</strong> agulha, sendo os traçados guardados <strong>de</strong> forma digital e revistos<br />

numa estação <strong>de</strong> trabalho. Os dados clínicos foram registados prospectivamente<br />

numa base <strong>de</strong> dados. Descreve-se para os RN incluídos os achados na<br />

monitorização com aEEG no que diz respeito à confirmação da inclusão no<br />

programa, prognóstico e tratamento das convulsões. Resultados: Nos pri -<br />

meiros nove meses do programa <strong>de</strong> hipotermia induzida foram referenciados<br />

à nossa UCIN 9 RN com EHI para hipotermia induzida. Na admissão 5 RN<br />

apresentavam traçados gravemente alterados, 1 RN apresentava alterações<br />

mo<strong>de</strong>radas e os restantes 3 apresentavam linhas <strong>de</strong> base normais com convulsões<br />

eléctricas. Embora tenha existido uma tendência para haver relação entre<br />

um traçado muito alterado à entrada e a EHI grave, essa situação nem sempre<br />

se verificou. A persistência <strong>de</strong> um traçado gravemente alterado ao longo<br />

do tratamento relacionou-se quase sempre com o óbito. Por outro lado, a<br />

melho ria do padrão <strong>de</strong> aEEG durante o tratamento relacionou-se com a sobrevivência<br />

e um <strong>de</strong>sfecho neurológico na alta sem alterações significativas na<br />

maioria dos casos. Conclusões: A nossa experiência confirma a importância<br />

atribuída na literatura ao aEEG na hipotermia induzida, nomeadamente no<br />

valor prognóstico da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> base à entrada e da sua evolução durante<br />

o tratamento. Embora não tenha sido utilizado em todos os estudos que validaram<br />

a hipotermia induzida na EHI, confirma-se na nossa casuística a<br />

importância que lhe é atribuída pela maioria dos autores, pelo que recomendamos<br />

a sua utilização <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a admissão <strong>de</strong> um RN com EHI.<br />

Palavras-chave: Monitor <strong>de</strong> função cerebral, encefalopatia hipoxi co-is que -<br />

mica, hipotermia induzida<br />

Área Científica - Outros<br />

CO13 - Validação do Score <strong>de</strong> Alvarado no diagnóstico <strong>de</strong> Apendicite<br />

Aguda em crianças e adolescentes no Hospital <strong>de</strong> Braga<br />

Pierre Gonçalves 1 ; Arnaldo Cerqueira 1 ; Henedina Antunes 2 ; Sofia Martins 1<br />

1- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> do Hospital <strong>de</strong> Braga; 2- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>,<br />

Hospital <strong>de</strong> Braga, Instituto <strong>de</strong> Ciências da Vida e da Saú<strong>de</strong>, Escola <strong>de</strong><br />

Ciências da Saú<strong>de</strong>, Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Introdução: A apendicite aguda (AA) é a principal causa <strong>de</strong> cirurgia abdomi -<br />

nal urgente em ida<strong>de</strong> pediátrica. O diagnóstico é essencialmente clínico, mas<br />

metodologias têm sido <strong>de</strong>senvolvidos no sentido <strong>de</strong> evitar laparotomias não<br />

terapêuticas (15-30%), como é exemplo o score <strong>de</strong> Alvarado (SA). O SA<br />

basea-se em 3 sintomas, 3 sinais e 2 valores laboratoriais, num total <strong>de</strong> 10<br />

pontos (tabela 1). SA ≥ 5 ou 6 é compatível com AA, havendo indicação para<br />

o doente permanecer em observações, se ≥ 7 a laparotomia po<strong>de</strong> ser indicada.<br />

Objectivo: Validar o SA para o diagnóstico <strong>de</strong> AA em crianças admitidas<br />

no Hospital <strong>de</strong> Braga (HB). Métodos: Estudo <strong>de</strong> validação <strong>de</strong> método <strong>de</strong><br />

diagnóstico (SA) para AA, tendo como gol<strong>de</strong>n standard o exame histológico.<br />

A população estudada consistiu <strong>de</strong> 192 crianças (0-17 anos) com dor abdo -<br />

minal e submetidos a apendicectomia, no período <strong>de</strong> 12/ 2008 a 07/2010 (20<br />

S18

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