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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S41<br />

mesmo entre regiões do mesmo país. O presente estudo preten<strong>de</strong>u comparar<br />

dados epi<strong>de</strong>miológicos entre três hospitais da região sul <strong>de</strong> Portugal. Doentes<br />

e Métodos: Estudo retrospectivo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> processos clínicos <strong>de</strong> crianças<br />

internadas com o diagnóstico <strong>de</strong> meningite em três hospitais portugueses:<br />

Hospital Santa Maria (HSM), Hospital do Espírito Santo (HES) (Évora) e<br />

Hos pital <strong>de</strong> Faro (HF). Análise estatística com recurso ao programa SPSS<br />

16, com utilização dos testes One Way Anova (variáveis contínuas), teste do<br />

Qui Quadrado e teste exacto <strong>de</strong> Fisher (variáveis categóricas). Resultados:<br />

Foram incluídas no estudo 190 crianças (134 do HSM, 29 do HES e 27 do<br />

HF), 96 das quais com diagnóstico <strong>de</strong> meningite bacteriana (63 com e 33 sem<br />

isolamento <strong>de</strong> agente) e 94 <strong>de</strong> meningite viral. Comparando os dados entre os<br />

três hospitais verificou-se haver ida<strong>de</strong> superior nas crianças internadas no<br />

HES, quando consi<strong>de</strong>rada a totalida<strong>de</strong> dos internamentos (p=0,005) e quando<br />

consi<strong>de</strong>rada separadamente a etiologia bacteriana (p=0,005) e viral<br />

(p=0,009). Não se verificaram diferenças na cobertura vacinal para Neisseria<br />

meningitidis (NM) C, para 7 serotipos <strong>de</strong> Streptococcus pneumoniae (SP) ou<br />

para Haemophilus influenzae (HI). Aten<strong>de</strong>ndo apenas aos casos <strong>de</strong> meningite<br />

bacteriana com isolamento <strong>de</strong> agente (32 NM, 26 SP, dois HI, dois Staphy lo -<br />

coccus aureus e um Streptococcus pyogenes), constatou-se haver diferença na<br />

prevalência dos agentes entre os três hospitais (p=0,047), com ocorrência<br />

mais frequente <strong>de</strong> NM no HSM e <strong>de</strong> SP no HES. Não se constatou diferença<br />

entre hospitais nos serogrupos <strong>de</strong> NM (com predomínio nos três do serogrupo<br />

B) ou nos serotipos <strong>de</strong> SP. Conclusões: Apesar da reduzida área geográfica<br />

estudada, verificaram-se diferenças significativas na epi<strong>de</strong>miologia das<br />

meningites em três hospitais da região sul <strong>de</strong> Portugal.<br />

Palavras-chave: Meningite, epi<strong>de</strong>miologia.<br />

PAS37 - Positivida<strong>de</strong> da Real-Time Polymerase Chain Reaction para<br />

Herpesviridae no líquido cefalorraquidiano em ida<strong>de</strong> pediátrica<br />

Arnaldo Cerqueira 1 ; Pierre Gonçalves 2 ; Fernando Branca 3 ; Henedina<br />

Antunes 4<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Braga; 2- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, Hospital <strong>de</strong> Braga; 3- Serviço<br />

<strong>de</strong> Patologia Clínica, Hospital <strong>de</strong> Braga; 4- Instituto <strong>de</strong> Ciências da Vida e da<br />

Saú<strong>de</strong>, Escola <strong>de</strong> Ciências da Saú<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> do Minho<br />

Introdução: Os Herpesviridae (VH) contêm genoma <strong>de</strong> ADN, e em parti cular<br />

os vírus herpes simplex tipo 1 (VHS-1) e 2 (VHS-2), citomegalovírus (CMV),<br />

vírus Epstein-Barr (EBV), vírus varicela zoster (VZV) e vírus herpes humano 6<br />

(VHH-6), são neurotrópicos e po<strong>de</strong>m causar doença aguda e persis tente do sistema<br />

nervoso central (SNC). A infecção manifesta-se por sinais e sintomas<br />

inespecíficos. O diagnóstico é necessário para adaptar o trata mento ao agente<br />

etiológico. Objectivo: Análise da clínica dos pacientes que apre sentam Real<br />

Time Polymerase chain reaction (RT PCR) positiva para VH. Métodos: Através<br />

do arquivo informático do Serviço <strong>de</strong> Patologia Clínica obteve-se os resultados<br />

positivos para PCR no líquido cefalorra quidiano (LCR) e efectuou-se a análise<br />

retrospectiva dos registos clínicos dos doentes. A pesquisa <strong>de</strong> ADN <strong>de</strong> VH<br />

(HSV-1, HSV-2, CMV, EBV, VZV, HHV-6) foi realizada por RT PCR em<br />

doentes com meningite, meningoencefalite e “outras doenças neurológicas”,<br />

com menos <strong>de</strong> 18 anos, <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 2004 a Julho <strong>de</strong> 2010. Resultados: Das 412<br />

amostras <strong>de</strong> LCR, 68 (16,5%) eram positivas para vírus, 21 positivas para HV.<br />

Positivida<strong>de</strong> isolada em 19 amostras (VHS1 n=7; VHH6 n=6 ; VEB n=4 ; VVZ<br />

n=1; CMV n=0) e associada a Enterovírus (EV) em 3 (EV+VEB n=1 e<br />

EV+VHH6 n=2). A média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> foi 6 [0, 17] para VH, <strong>de</strong> 9 anos [0, 17] para<br />

VHS1 e 1,5 anos [0, 8] para VHH6 (p=0.022). Eram do sexo masculino 52%.<br />

Clínica <strong>de</strong> meningite <strong>de</strong> líquor claro/meningoencefalite em 76%; hemiparesia do<br />

palato direito (n=1), alterações visuais (n=2), convulsão em apirexia (n=1) e<br />

encefalo mie lite disseminada aguda (n=1). Febre em quatro dos 7 doentes com<br />

VHS1, e em todos os doentes com VHH6 (p=0.038). Sequelas: discromatópsia<br />

(EBV, n=1) e disfagia (VHS, n=1). Sem mortalida<strong>de</strong>. Conclusões: Houve um<br />

excesso <strong>de</strong> pedido <strong>de</strong> PCR para VH no LCR talvez por fazer parte do protocolo<br />

inicial <strong>de</strong> estudo o que já foi modificado. A colheita <strong>de</strong> LCR <strong>de</strong>ve ser efectuada<br />

mas a PCR para vírus só <strong>de</strong>ve ser pedida se a clínica, citologia e bioquímica do<br />

LCR o indicarem. A infecção a VHH6 foi sempre febril mas o mesmo não se<br />

verificou no VH com terapêutica específica e o mais temível, o HSV.<br />

Palavras-chave: RT PCR, Herpesviridae; infecção SNC.<br />

PAS106 - Doença invasiva pneumocócica na criança: a realida<strong>de</strong> da R.A.M.<br />

Hugo Cavaco 1 ; Alberto Berenguer 2 ;Ana Cristina Aveiro 2 ; Jorge Cabral 2 ;<br />

Henrique Leitão 2 ; Conceição Freitas 2 ; Teresa Afonso 3 ; Amélia Cavaco 2<br />

1- Hospital Central do Funcha 2 -Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, Hospital Central do<br />

Funchal 3 -Serviço <strong>de</strong> Patologia Clínica, Hospital Central do Funchal<br />

Introdução: A doença invasiva pneumocócica (DIP) na criança é a principal<br />

causa <strong>de</strong> morbilida<strong>de</strong> e mortalida<strong>de</strong> a nível mundial e a principal doença<br />

infecciosa prevenível através <strong>de</strong> vacinação. A vacina pneumocócica conjugada<br />

heptavalente (VPC7v) foi licenciada em Portugal em 2001 e a taxa <strong>de</strong><br />

cober tura vacinal na Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira (R.A.M.) aproxima-se <strong>de</strong><br />

77,9%. Métodos: Estudo <strong>de</strong>scritivo prospectivo observacional, efectuado no<br />

Hospital Central do Funchal entre Julho <strong>de</strong> 2006 e Junho <strong>de</strong> 2009. Foram<br />

incluídas crianças com ida<strong>de</strong> ao diagnóstico inferior a 15 anos (população <strong>de</strong><br />

45.000 indivíduos) com exame cultural positivo para Streptococcus pneumonia<br />

em fluidos habitualmente estéreis. Resultados: Foram analisados 26<br />

casos <strong>de</strong> DIP, com um predomínio do sexo maculino (65,4%) e 53,8% das<br />

crianças frequentavam o infantário/escola. As principais formas <strong>de</strong> apresentação<br />

foram: pneumonia (n=15), meningite (n=5), bacteriemia oculta (n=4) e<br />

pneumonia com <strong>de</strong>rrame (n=2). A mediana da ida<strong>de</strong> ao diagnóstico foi <strong>de</strong> 64<br />

meses (mínimo 1 mês, máximo 163 meses; 34,6% com 60 meses <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> (n=8); serótipo 19ª (n=5)<br />

associado a bacteriemia oculta (50% dos casos) e crianças com

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