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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S22<br />

CO23 - Diabetes Mellitus <strong>de</strong> novo após Transplantação Renal<br />

Carolina Constant 1 ; Ricardo Fernan<strong>de</strong>s 2 ; Sofia Fraga 3 ; Patrícia Men<strong>de</strong>s 4 ;<br />

Carla Pereira 5 ; Lur<strong>de</strong>s Sampaio 5 ; Carla Simão 6<br />

1- Hospital <strong>de</strong> Santa Maria, CHLN, EPE; 2- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, Depar -<br />

tamento da Criança e da Família; Clínica Universitária <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Hospital<br />

<strong>de</strong> Santa Maria, CHLN, EPE ; 3- Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, Hospital Garcia <strong>de</strong><br />

Orta; 4- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nefrologia, Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, Departa mento da<br />

Criança e da Família; Clínica Universitária <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>. Hospital <strong>de</strong> Santa<br />

Maria, CHLN, EPE ; 5- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Endocrinologia, Serviço <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>,<br />

Departamento da Criança e da Família; Clínica Universitária <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>.<br />

Hospital <strong>de</strong> Santa Maria, CHLN, EPE; 6- Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nefrologia, Serviço <strong>de</strong><br />

<strong>Pediatria</strong>, Departamento da Criança e da Família; Clínica Univer sitária <strong>de</strong><br />

<strong>Pediatria</strong>. Hospital <strong>de</strong> Santa Maria, CHLN, EPE<br />

A Diabetes Mellitus (DM) <strong>de</strong> novo após transplante renal (New-Onset Dia -<br />

betes Mellitus after Kidney Transplantation – NODAT) é uma complicação<br />

cada vez mais comum e associa-se a <strong>de</strong>sfechos <strong>de</strong>sfavoráveis na sobrevivência<br />

dos doentes e do enxerto. A fisiopatologia ainda não é totalmente conhe -<br />

cida mas parece ser semelhante à DM tipo 2 complicada por factores <strong>de</strong> risco<br />

específicos do transplante renal (TR) e não específicos, alguns dos quais<br />

potencialmente modificáveis. Objectivo: Avaliar a incidência e factores <strong>de</strong><br />

risco para a ocorrência <strong>de</strong> NODAT em receptores pediátricos <strong>de</strong> TR. Métodos:<br />

Análise retrospectiva dos processos clínicos <strong>de</strong> crianças submetidas a TR<br />

em acompanhamento num centro pediátrico <strong>de</strong> referência (ida<strong>de</strong>s entre 0-19<br />

anos) durante o ano <strong>de</strong> 2009. Foi <strong>de</strong>finido DM/NODAT <strong>de</strong> acordo com os<br />

critérios da Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Efectuou-se uma análise <strong>de</strong>scri -<br />

tiva das variáveis clínicas e utilizou-se análise bivariada para i<strong>de</strong>ntificar pre -<br />

di tores <strong>de</strong> NODAT. Resultados: Neste período mantinham-se em segui mento<br />

39 doentes, ida<strong>de</strong> mediana 10,3 anos (P25-P75: 6,9-13,2 anos), 54% sexo<br />

mas culino, 82% raça branca, mediana <strong>de</strong> seguimento pós TR 1,5 anos (P25-<br />

P75: 0,4-2,8 anos). Destes, diagnosticou-se laboratorialmente NODAT em 5<br />

doentes assintomáticos (3 sexo feminino, 1 raça negra, todos com &gt;10<br />

anos à data do TR), todos <strong>de</strong> aparecimento &lt;1 ano pós TR e com carácter<br />

permanente. Todos estão sujeitos a controlo dietético, antidiabéticos orais e 4<br />

fazem também insulinoterapia. Um dos casos teve DM pré TR enquanto<br />

esteve sob corticoterapia pela doença <strong>de</strong> base (síndrome nefrótico) e em 3<br />

havia história familiar <strong>de</strong> DM. Verificou-se maior incidência <strong>de</strong> NODAT em<br />

crianças com &gt;13 anos à data do TR (p=0,006). Não se encontraram associações<br />

entre outras variáveis clínicas. Não se registou morbi-mortalida<strong>de</strong><br />

associada à NODAT. Dos restantes doentes, 3 tiveram anomalia da glicémia<br />

em jejum e em 8 verificou-se valores hemoglobina glicosilada &gt;6%.<br />

Conclusões: A incidência <strong>de</strong> NODAT em ida<strong>de</strong> pediátrica é inferior à <strong>de</strong>s crita<br />

em adultos mas po<strong>de</strong> estar subestimada uma vez que não foi efectuada prova<br />

<strong>de</strong> tolerância oral à glicose a todos os doentes. O conhecimento dos factores<br />

<strong>de</strong> risco po<strong>de</strong> implicar uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que visem melhor controlo da<br />

situação evitando ou retardando a sua progressão. Torna-se imperativo <strong>de</strong>finir<br />

e aplicar protocolos para o diagnóstico <strong>de</strong> hiperglicemia associada ao TR.<br />

Palavras-chave: Diabetes mellitus, hiperglicémia, transplante renal, pediatria.<br />

CO24 - Síndrome Nefrótico Idiopático e repercursões na mineralização<br />

óssea.<br />

Hugo Cavaco 1 ; Francisco Silva 1 ; Henrique Leitão 1 ; Maria João Borges 1 ;<br />

Horácio Sousa 2 ; Amélia Cavaco 1<br />

1- Hospital Central do Funchal; 2- Serviço <strong>de</strong> Ortopedia do Hospital Central<br />

do Funchal<br />

Introdução: O Síndrome Nefrótico Idiopático (SNI) é uma doença renal<br />

glomerular com mais <strong>de</strong> 80% dos casos a respon<strong>de</strong>rem aos corticosterói<strong>de</strong>s,<br />

mas 60% têm recidivas obrigando a ciclos repetidos, com maior risco <strong>de</strong><br />

osteoporose e necrose da cabeça do fémur. Na literatura escasseiam estudos<br />

que <strong>de</strong>monstrem este efeito em crianças com SNI, assim como qual o melhor<br />

método <strong>de</strong> avaliação da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e mineralização óssea. Métodos: Estudo<br />

<strong>de</strong>scritivo retrospectivo longitudinal, com revisão dos processos clínicos <strong>de</strong><br />

casos <strong>de</strong> SNI diagnosticados entre Janeiro <strong>de</strong> 1994 e Dezembro <strong>de</strong> 2009 no<br />

Hospital Central do Funchal. Foram analisados, transversalmente, o con teúdo<br />

mineral ósseo e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> óssea da coluna lombar e cólo do fémur, através da<br />

realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsitometria óssea pelo método DEXA (Dual Energy X-ray<br />

Absorptiometry), seguindo a classificação diagnóstica da Organização<br />

Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Resultados: Foram analisados 20 casos <strong>de</strong> SNI, 50% do<br />

sexo masculino, mediana <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s ao diagnóstico 30 meses (mín. 19M; máx.<br />

8A). Clinica e analiticamente todos apresentaram os critérios <strong>de</strong> diagnóstico<br />

<strong>de</strong> SNI. Relativamente à resposta inicial ao tratamento, 90% (n=18) foram corticossensíveis,<br />

dos quais 16,6% (n=3) cortico<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, e 10% (n=2) corticorresistentes.<br />

Tiveram recidivas 90% (n=18), dos quais 44,4% (n=8) foram<br />

recidivantes múltiplos. Os resultados <strong>de</strong>nsitométricos corticais (n=19) foram:<br />

normal n=5, osteopenia n=9, osteoporose n=5; trabeculares (n=19): normal<br />

n=7, osteopenia n=8, osteoporose n=4. Quanto aos dados antropométricos,<br />

43,7% dos casos com IMC normal/excesso <strong>de</strong> peso não apresentaram alte -<br />

rações <strong>de</strong>nsitométricas, enquanto que nenhum dos casos com obesida<strong>de</strong> apresentou<br />

<strong>de</strong>nsitometria normal. Relativamente ao nº <strong>de</strong> recidivas, no grupo com<br />

&lt;4 recidivas 70% (n=7) dos casos apresentaram alterações na <strong>de</strong>nsitometria<br />

(100% dos casos <strong>de</strong> osteoporose) e os casos que não apresentaram recidivas<br />

tiveram uma <strong>de</strong>nsitometria normal. Conclusões: A realização dum estudo<br />

retros pectivo numa amostra reduzida acarreta limitações aos resultados. Não<br />

foi possível <strong>de</strong>monstrar uma predilecção pelo osso trabecular. As principais<br />

alterações <strong>de</strong>nsitométricas registaram-se no grupo cortico-sensível com &lt;4<br />

recidivas. A realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsitometria isolada tem limitações nestas crian -<br />

ças, sendo que os estudos mais recentes recomendam a realização <strong>de</strong> tomgrafia<br />

computorizada quantitativa e a avaliação do risco <strong>de</strong> fractura. A suplementação<br />

com cálcio e vitamina D continua a ser um tema controverso.<br />

Palavras-chave: Síndrome Nefrótico Idiopático; osteoporose; <strong>de</strong>nsitometria<br />

Área Científica - Cardiologia<br />

CO25 - Tratamento do hemangioma infantil com propranolol<br />

Sofia Gouveia 1 ; Glória Costa 1 ; Filipa Paramés 1 ; Isabel Freitas 1 ; Mónica<br />

Rebelo 1 ; José Diogo Martins 1 ; João Goulão 2 ; Gustavo Rodrigues 3 ; Conceição<br />

Trigo 1 ; Fátima F. Pinto 1<br />

1- Cardiologia Pediátrica, Hospital <strong>de</strong> Santa Marta, CHLC – E.P.E.; 2- Cirur -<br />

gia Pediátrica, Hospital dos Lusíadas – HPP, Lisboa; 3- <strong>Pediatria</strong>, Hospital<br />

dos Lusíadas – HPP, Lisboa<br />

Introdução: O hemangioma infantil (HI) é uma das lesões tumorais mais<br />

comuns na infância. As opções terapêuticas classicamente utilizadas são a<br />

corticoterapia, interferão-alfa, vincristina, ablação por laser ou cirurgia.<br />

Recen temente, foi <strong>de</strong>scrito o sucesso da utilização <strong>de</strong> propranolol na involução<br />

dos HI. Os autores reportam a sua experiência, multicêntrica, com esta<br />

opção terapêutica. Objectivos: Avaliação prospectiva da eficácia terapêutica<br />

do propranolol para o tratamento do HI. Métodos: Avaliação prospectiva dos<br />

dados clínicos <strong>de</strong> doentes observados em consulta <strong>de</strong> Cardiologia Pediátrica<br />

para início <strong>de</strong> terapêutica com propranolol para tratamento <strong>de</strong> HI.<br />

Resultados: Des<strong>de</strong> Janeiro 2010, iniciaram terapêutica com propranolol para<br />

tratamento <strong>de</strong> HI 7 doentes, 5 do sexo feminino. A ida<strong>de</strong> média, no início do<br />

tratamento, foi <strong>de</strong> 3 meses (min. 1 mês; máx. 5 meses). Três doentes apre -<br />

sentaram cardiopatia associada (2 doentes com comunicação inter-auricular e<br />

1 com persistência do canal arterial). Esta terapêutica foi sempre introduzida<br />

progressivamente, iniciando-se por uma dose média <strong>de</strong> 0,9 mg/kg/dia (mín.<br />

0,6 mg/kg/dia; max. 1,8 mg/kg/dia), que se incrementou até 2,7 mg/kg/dia<br />

(mín. 2 mg/kg/dia; max. 3,3 mg/kg/dia) em função da tolerância avaliada pela<br />

frequência cardíaca, tensão arterial e níveis <strong>de</strong> glicemia. Além <strong>de</strong>stes parâmetros,<br />

foram avaliados seriadamente o electrocardiograma e ecocardiograma.<br />

Em nenhum dos casos se verificaram efeitos adversos da terapêutica. O<br />

tempo médio <strong>de</strong> acompanhamento foi <strong>de</strong> 3,2 meses (min. 2 meses; máx. 4<br />

meses). Todos os doentes mantêm terapêutica com propranolol até à data,<br />

verificando-se melhoria franca em todos os casos, quando avaliada a dimensão<br />

da lesão. Conclusões: A experiência preliminar com a utilização <strong>de</strong> propranolol<br />

para tratamento do HI <strong>de</strong>monstrou redução das dimensões das lesões<br />

angiomatosas, mesmo no curto período <strong>de</strong> seguimento e ausência <strong>de</strong> efeitos<br />

adversos com o esquema terapêutico que propomos. Realçamos a importância<br />

<strong>de</strong> uma avaliação cardiológica <strong>de</strong> base, para excluir patologia pré-exis -<br />

tente e monitorização dos efeitos secundários, cardiovasculares e outros, em<br />

particular no período neonatal e <strong>de</strong> lactente. No entanto, serão necessários<br />

estudos mais alargados e maior tempo <strong>de</strong> seguimento para uma avaliação da<br />

eficácia e segurança do propranolol nesta situação.<br />

Palavras-chave: Hemangioma infantil, propranolol.<br />

CO26 - Ablação percutânea <strong>de</strong> arritmias em ida<strong>de</strong> pediátrica<br />

Maria Teresa Dionísio 1 ; Diogo Cavaco 2 ; Isabel Santos 1 ; Patrícia Silva 1 ; Marta<br />

António 1 ; Paula Martins 1 ; António Pires 1 ; Graça Sousa 1 ; Ana Mota 1 ; Pedro<br />

Adragão 2 ; Eduardo Castela 1<br />

1- Hospital Pediátrico <strong>de</strong> Coimbra; 2- Hospital <strong>de</strong> Santa Cruz - CHLO<br />

Introdução: As taquicardias supraventriculares são as perturbações do ritmo<br />

mais frequentes em ida<strong>de</strong> pediátrica. A ablação percutânea é actualmente<br />

S22

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