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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S72<br />

sequelas osteoarticulares tardias da sépsis meningocócica complicada por<br />

CID são raras mas condicionam limitações importantes na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

das crianças sobreviventes. Geralmente surgem 3 a 4 anos após a infecção<br />

aguda. Os autores preten<strong>de</strong>m, com a apresentação <strong>de</strong>ste caso, alertar para a<br />

importância <strong>de</strong> uma vigilância a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>stas crianças e <strong>de</strong> um elevado grau<br />

<strong>de</strong> suspeição clínica por parte do Pediatra Assistente, com o objectivo <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificar precocemente o aparecimento <strong>de</strong>stas complicações, <strong>de</strong> modo a<br />

permitir uma orientação e intervenção atempadas por Ortopedia Infantil.<br />

Palavras-chave: Sépsis meningocócica, coagulação intravascular dissemi -<br />

nada, sequelas osteoarticulares tardias.<br />

PD42 - Patologia Oftalmológica na Urgência Pediátrica – Estudo<br />

Epi<strong>de</strong>miológico<br />

Renato Santos Silva 1 ; Augusto Magalhães 1 ; Sofia Fonseca 1 ; Luís Mendonça 1 ;<br />

Luís Figueira 1 ; Sérgio Silva 1 ; Tiago Monteiro 1 ; Jorge Breda 1 ; F. Falcão-Reis 1<br />

1- Hospital São João<br />

Introdução: As patologias oftalmológicas são uma porção importante <strong>de</strong><br />

qualquer serviço <strong>de</strong> urgência (SU) pediátrico. Dentro <strong>de</strong>ste grupo etário, a<br />

epi<strong>de</strong>miologia das doenças oculares que se apresentam no SU é pouco conhe -<br />

pd4cida quer em Portugal, quer a nível mundial. Método: Estudo retrospec -<br />

tivo dos 4692 episódios <strong>de</strong> urgência, observados no Hospital <strong>de</strong> São João em<br />

2005 e 2006, em que crianças e adolescentes até ao 16 anos foram examinadas<br />

por um oftalmologista. Resultados: Crianças do sexo masculino foram<br />

responsáveis por 59.1% dos episódios. Trinta e sete por cento dos casos foram<br />

classificados como tendo causa traumática, 62,2% como sendo uma doença<br />

primária dos olhos e anexos e 0,9% como anomalias congénitas. Os diagnósticos<br />

mais comuns foram conjuntivite aguda (34,4%), erosão corneana<br />

(14,0%), hordéolo e chalázio (6,2%), corpo estranho extra-ocular (6,1%) e<br />

hemorragia conjuntival (4,9%). A maioria dos doentes (88,2%) teve alta para<br />

o domicílio, 7,3% foram reexaminados em consulta posterior, 2,7% tiveram<br />

indicação <strong>de</strong> alta pelo oftalmologista mas necessitaram <strong>de</strong> observação por<br />

outra especialida<strong>de</strong> e 1,7% foram internados. Conclusão: Os traumatismos,<br />

muitos <strong>de</strong>les evitáveis, foram a causa <strong>de</strong> uma porção elevada dos episódios<br />

<strong>de</strong> urgência. Processos inflamatórios oculares, predominantemente a conjuntivite<br />

aguda, foram o principal motivo <strong>de</strong> recurso ao SU <strong>de</strong> oftalmologia.<br />

Palavras-chave: Oftalmologia; Urgência; Traumatismos; Epi<strong>de</strong>miologia<br />

PD43 - Urgência Pediátrica do Hospital <strong>de</strong> Dona Estefânia: Movimento<br />

Assistencial Global - Resultados Preliminares:1999-2008<br />

Mário Coelho 1 ; Brissos J 2 ; Casimiro A 2 ; Cordovil C 3 ; Costa M 4 ; Crujo M 3 ;<br />

Fitas A 2 ; Francisco T 2 ; Gouveia S 4 ; Lopes P 2 ; Marques F 2 ; Marques M 2 ;<br />

Nóbrega S 2 ; Queiroz G 2 ; Salvador M 2 ; Santos S 2 ; Simão I 2 ; Neves C 5<br />

1- Assistente Hospitalar Graduado <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> Médica, Hospital Dona Este -<br />

fânia ; 2- Interno <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>; 3- Interno <strong>de</strong> Pedopsiquiatria; 4- Interno <strong>de</strong><br />

Cardiologia Pediátrica; 5- Assistente Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> Médica<br />

Introdução: A urgência pediátrica (UP) do Hospital <strong>de</strong> Dona Estefânia<br />

(HDE) tem o maior movimento do Pais, atraindo principalmente doentes <strong>de</strong><br />

Lisboa, Zona Sul, Ilhas e PALOPs. A UP, forma comum <strong>de</strong> acesso ao<br />

Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (SS) com gran<strong>de</strong> impacto na dinâmica <strong>de</strong>ste, é também um<br />

observatório epi<strong>de</strong>miológico da patologia na comunida<strong>de</strong> e da sua evolução.<br />

Nos últimos anos ocorreram várias alterações (<strong>de</strong>mografia, abertura/fecho<br />

<strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s públicas e privadas, novas vacinas, etc.) e o conhecimento nesta<br />

área é indispensável à sua planificação e organização. Os estudos existentes<br />

são dispersos, parcelares ou referentes a períodos <strong>de</strong> curta duração.. Objec -<br />

tivo: Conhecer a evolução do Movimento Assistencial da UP do HDE no<br />

<strong>de</strong>cénio 1999-2008. Material e Métodos: Análise retrospectiva <strong>de</strong> todos os<br />

816.359 registos <strong>de</strong> inscrição na UP (sistema SONHO) entre 1999-2008 e<br />

dos dados retirados aleatoriamente das 392.768 fichas <strong>de</strong> atendimento nos<br />

anos 2000/02/04/06/08. Resultados: No <strong>de</strong>cénio 1999-2008, registaram-se<br />

816.359 episódios <strong>de</strong> UP no HDE (1999: 103.494;2000: 66.463; 2001:<br />

64.986;2002:69.745; 2003: 83.242;2004:75.251; 2005: 81.985; 2006:<br />

88.744; 2007: 89.884; 2008: 92.565). Após redução em 2000<br />

(Reorganização das UPs <strong>de</strong> Lisboa) verifi cou-se o aumento <strong>de</strong> 42,4% até<br />

2008. Média diária <strong>de</strong> inscrições:223,8 (Máx.460),31% dos dias ultrapassaram<br />

250 inscritos e 12,1% os 300, em especial nos meses frios. Maior<br />

afluência às 2ª feiras (15,2%) e menor (13,4%) aos Sábados. Maioria<br />

(52,8%) inscreveu-se entre 8-18h, mas nas 6 horas se guintes(18-24h)<br />

inscreveram-se 35,3%. Origem fora <strong>de</strong> Lisboa 39,8%. Refe renciados 12,6%.<br />

Classificação na triagem:4,9% muito urgentes, 32% urgentes,63,1% nãourgentes.<br />

Predominou: sexo masculino-53,5% e ida <strong>de</strong>&lt; 2 anos-35,7%<br />

(RN:1,7%; 29d&lt;12M:18,2%;12M&lt;2A:15,8%). Tinham&gt;10 anos<br />

12,1%.Reava lia dos no mesmo episódio <strong>de</strong> urgência 57,8%. Em observa -<br />

ção≤12h (SO/UICD)1,9%. Fizeram exames laborato riais13,7% e exames <strong>de</strong><br />

imagem17,8%.Fizeram algum tratamento na UP 33,5%. Pedido apoio especialida<strong>de</strong>s/Sub-especialida<strong>de</strong>s<br />

24,5% dos ca sos:ORL50%, Cirur gia28,7%,<br />

Ortopedia14,2%. Os 5 Grupos Diagnósticos mais frequentes: Ap.Respira tó -<br />

rio/ORL:33,6%, D.Infecciosas: 20,3%,Sin to mas/sinais mal <strong>de</strong>fini -<br />

dos:14,1%, Aci<strong>de</strong>ntes/traumatismos: 12,5%, Pele/tec. sub-cutâ neo:5%.Inter -<br />

nados em enfermaria 3,54%, 40,8% <strong>de</strong>les em especialida<strong>de</strong>s cirúrgicas e<br />

8,3% em cuidados intensivos (Neonatais:3,3%; Pediá tri cos:5%). Transferi -<br />

dos para outro Hospital:0,5%.Óbitos no SU: 0,0001%. Aban donos:1,4%.<br />

Comentários: Este estudo é o maior realizado entre nós e dos maiores a nível<br />

internacional. Os dados preliminares sugerem que as alte rações no SS ocorridas<br />

no <strong>de</strong>cénio não parecem ter optimizado os indicadores em análise. De<br />

facto, apesar da continua baixa da natalida<strong>de</strong>, maior resposta dos Centros <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> e oferta <strong>de</strong> serviços privados, “agravaram-se” mesmo alguns <strong>de</strong>les<br />

como a afluência global e a proporção <strong>de</strong> casos com patologia benigna.<br />

Palavras-chave: n/a<br />

PD44 - Trauma infantil<br />

Elizabete Vieira 1 ; Miroslava Gonçalves 1<br />

1- Serviço <strong>de</strong> Cirurgia Pediátrica - Hospital Santa Maria<br />

As lesões aci<strong>de</strong>ntais são a principal causa <strong>de</strong> morte e incapacida<strong>de</strong> na ida<strong>de</strong><br />

pediátrica, representando cerca <strong>de</strong> 20% <strong>de</strong> todos os internamentos neste<br />

grupo etário. Estas lesões caracterizam-se por ser repentinas, frequentemente<br />

violentas e geradoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> stress emocional, principalmente quando<br />

acompanhadas <strong>de</strong> internamento e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reabilitação posterior. O<br />

trauma tem consequências psíquicas, físicas, familiares e sociais, sendo<br />

essencial ter em conta toda esta multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas envol vidos<br />

durante o processo <strong>de</strong> acompanhamento e tratamento <strong>de</strong>stes doentes. As campanhas<br />

<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong>veriam ser uma priorida<strong>de</strong> para todos nós, o custo<br />

para a socieda<strong>de</strong> e as sequelas emocionais são incomensuráveis. No período<br />

<strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> Janeiro a 31 Julho 2010, estiveram internados no Serviço <strong>de</strong> Cirurgia<br />

Pediátrica, Departamento da Família e da Criança do Hospital <strong>de</strong> Santa<br />

Maria, 55 crianças vítimas <strong>de</strong> trauma, o que representou 9,5% do total <strong>de</strong><br />

internamentos nesse período, com um tempo médio <strong>de</strong> internamento <strong>de</strong> 10,98<br />

dias. Em 40% dos casos os doentes foram transferidos <strong>de</strong> outros Hospitais. A<br />

ida<strong>de</strong> oscilou <strong>de</strong> 1 mês a 15 anos e 80% eram do sexo mas culino. As causas<br />

mais frequentes foram os aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> viação e as quedas aci<strong>de</strong>ntais, <strong>de</strong> que<br />

resultaram lesões em dois ou mais sistemas em 41,89% dos casos, apresentando<br />

os restantes apenas monotrauma. Dos nossos doentes, 40% tiveram<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser submetidos a intervenção cirurgia <strong>de</strong> urgência ou após<br />

estabilização clínica. O traumatismo craneano foi o mais frequente, presente<br />

em 52,7% dos casos, <strong>de</strong> forma isolada ou associado a outros traumatismos.<br />

Os autores apresentarão <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada os diversos traumas registados,<br />

terapêutica instituída e sua evolução. A morta lida<strong>de</strong> nesta série foi nula contudo<br />

a morbilida<strong>de</strong> é significativa e envolveu obrigatoriamente equipes multidisciplinares<br />

para o seguimento a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong>stas crianças.<br />

Palavras-chave: Trauma infantil, terapêutica, evolução.<br />

PD45 - Gravi<strong>de</strong>z na adolescência: um diagnóstico a não esquecer<br />

Joana Serra Caetano 1 ; Filipa Reis 2 ; Ana Tavares 2 ; Ana Margarida Queirós 2 ;<br />

Filipa Nunes 2<br />

1- Hospital Pediátrico <strong>de</strong> Coimbra; 2- Hospital Garcia <strong>de</strong> Orta, Almada<br />

Introdução: O alargamento da ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento em <strong>Pediatria</strong> até aos 18<br />

anos representará um aumento do número <strong>de</strong> mulheres em ida<strong>de</strong> fértil observadas<br />

por pediatras, continuando Portugal a apresentar uma das mais eleva -<br />

das taxas <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z na adolescência da Europa. Neste contexto os autores<br />

apresentam um caso clínico <strong>de</strong> rotura <strong>de</strong> gravi<strong>de</strong>z ectópica.Descrição <strong>de</strong><br />

caso: Adolescente <strong>de</strong> 14 anos, sexo feminino, previamente saudável. Menarca<br />

aos 10 anos, ciclos regulares, última menstruação 12 dias antes do internamento.<br />

Recorre à urgência por lipotímia, em contexto <strong>de</strong> dor abdominal súbita,<br />

acompanhada <strong>de</strong> vómitos alimentares. À admissão apresentava pali<strong>de</strong>z,<br />

TA 90/68 mmHg, FC 105 bpm, abdómen doloroso na fossa ilíaca direita, sem<br />

<strong>de</strong>fesa. Laboratorialmente: Hg 9,4g/dL, VGM 92fl, RDW 12,5%, leucócitos<br />

28400cél/μl (neutrófilos 92%, linfócitos 4%), plaquetas 313000/μl, PCR<br />

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