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acta pediátrica portuguesa - Sociedade Portuguesa de Pediatria

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Acta Pediatr Port 2010:41(5):S76<br />

PD55 - Urgências Pediátricas em Portugal- -Contributo para a sua his -<br />

tória e evolução (Dados Preliminares)<br />

Mário Coelho 1 ; Santos I 2 ; Brissos J 3 ; Casimiro A 3 ; Cordovil C 4 ; Costa M 5 ;<br />

Crujo M 4 ; Fitas A 3 ; Francisco T 3 ; Gouveia S 5 ; Lopes P 3 ; Marques F 3 ; Marques<br />

M 3 ; Nóbrega S 3 ; Queiroz G 3 ; Salvador M 3 ; Santos S 3 ; Simão I 3 ; Neves C 6<br />

1- Assistente Hospitalar Graduado <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> Médica - Hospital <strong>de</strong> Dona<br />

Estefânia; 2- Assistente Hospitalar Graduada <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> Médica -Mater ni -<br />

da<strong>de</strong> Dr Alfredo da Costa ; 3- Interno <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>; 4- Interno <strong>de</strong> Pedopsi -<br />

quiatria; 5- Interno <strong>de</strong> Cardiologia Pediátrica; 6- Assistente Hospitalar <strong>de</strong><br />

<strong>Pediatria</strong> Médica<br />

Introdução: A <strong>Pediatria</strong> é uma especialida<strong>de</strong> recente que surgiu e se <strong>de</strong>senvolveu<br />

numa época em que a condição da criança e os avanços da medicina<br />

ganharam progressiva expressão. Em Portugal, têm sido sobretudo os Pedia -<br />

tras e a SPP a promover iniciativas <strong>de</strong> documentação <strong>de</strong> factos da História<br />

da <strong>Pediatria</strong>. A Biblioteca da <strong>Pediatria</strong> <strong>Portuguesa</strong> da SPP e os trabalhos <strong>de</strong><br />

Sara Benodiel, MªLour<strong>de</strong>s Levy, João Vi<strong>de</strong>ira Amaral, José Pavão, António<br />

Gentil Martins, Henrique Carmona da Mota, Fernando Coelho Rosa e Mário<br />

Coelho e alt., entre outros, são contributos para a história <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong><br />

<strong>Portuguesa</strong> mas há ainda muito a fazer na consolidação da informação nesta<br />

área. A Urgência Pediátrica (UP), vertente assistencial que atingiu propor -<br />

ções extraordinárias nos cuidados à criança e adolescente, teve uma<br />

evolução própria que <strong>de</strong>ve ser conhecida e divulgada, quer como parte do<br />

património dos Pediatras portu gueses, quer como contributo fundamental<br />

para a consolidação do Sistema <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e dos seus resultados a nível dos<br />

indicadores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> infantil. Esta informação encontra-se dispersa, <strong>de</strong>scontinuada,<br />

muitas vezes não sobrepo nível nas fontes e sujeita a conceitos e<br />

modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> divulgação que foram variando ao longo <strong>de</strong> várias décadas.<br />

Vários <strong>de</strong>partamentos do estado com responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> planeamento na<br />

saú<strong>de</strong> não dispõem <strong>de</strong> informação longitudinal sobre esta área.Objectivos:1<br />

- Contribuir para a uma História <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> <strong>Portuguesa</strong>, no capítulo particular<br />

da UP, através da recolha, siste matização e divulgação <strong>de</strong> dados relevantes<br />

nessa área.2 - No 11ºCongresso <strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong>, encontro privilegiado <strong>de</strong><br />

todos os Pediatras, solicitar a sua participação no enriquecimento da informação<br />

aqui disponibilizada, fornecendo dados em falta ou corrigindo registos<br />

<strong>de</strong>sconformes com a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada Hospital. Material e Métodos:<br />

Registo sistemático <strong>de</strong> dados referentes à UP, nomeadamente os do movimento<br />

assistencial e sua evolução, obtidos das seguintes fontes: Estatísticas<br />

<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Elementos Estatísticos-DEPS/DSIA/DGS/MS, Centros <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong>-Recursos e Produção do SNS-DGS, Estatísticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>-INE, Arti -<br />

gos <strong>de</strong> Revistas, Comunicações em Reuniões e Congressos, Livros <strong>de</strong> autor,<br />

Elementos estatísticos fornecidos por Pediatras e Administrações <strong>de</strong> alguns<br />

Hospitais, Relatórios <strong>de</strong> Acti vida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Hospitais EPE. Dado que muitas das<br />

fontes não coinci<strong>de</strong>m nos dados fornecidos, privilegiámos os cedidos directamente<br />

pelos próprios Hospitais, solicitando-lhes, em retorno, a sua revisão<br />

e confirmação.<br />

Palavras-chave: História; Urgência;<strong>Pediatria</strong><br />

PD56 - Distrofia Miotónica <strong>de</strong> Steinert - Um Caso Clínico<br />

Isis Sacramento Monteiro 1 ; Joana Extreia 1 ; Susana Correia 1 ; Susana Rocha 1 ;<br />

Teresa Correia 1 ; Dolores Barros 1<br />

1- Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, E.P.E. - Hospital Nossa Senhora do<br />

Rosário (Barreiro)<br />

Introdução: A Distrofia Miotónica é uma doença autossómica dominante<br />

que se caracteriza por fraqueza muscular, miotonia e compromisso car -<br />

díaco, ocular, gastrointestinal, endócrino e do sistema nervoso central.<br />

Compreen<strong>de</strong> duas formas - tipo 1 (ou Doença <strong>de</strong> Steinert) e tipo 2 -, cuja<br />

heterogeneida<strong>de</strong> clínica reflecte a sua variabilida<strong>de</strong> genética. Caso clínico:<br />

lactente do sexo feminino, 5 meses, raça caucasiana, filha <strong>de</strong> pais não consanguíneos.<br />

Dos antece<strong>de</strong>ntes familiares <strong>de</strong>staca-se irmã falecida com 1<br />

mês <strong>de</strong> vida (suspeita <strong>de</strong> asfixia secundária a aspiração <strong>de</strong> leite) e tia<br />

materna com défice cognitivo e perturbações motoras <strong>de</strong> causa não i<strong>de</strong>ntificada.<br />

Gestação <strong>de</strong> 39 semanas, sem intercorrências. Parto eutócico, sem<br />

complicações. Internamento em Uni da<strong>de</strong> <strong>de</strong> Neonatologia do 1º ao 29º dia<br />

<strong>de</strong> vida por hipotonia e dificulda<strong>de</strong> alimentar. No exame físico, salienta-se<br />

hipotonia mo<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> predomínio axial e pés adutos redutíveis. A avalia -<br />

ção cardiológica neonatal <strong>de</strong>tectou persistência do canal arterial, sem compromisso<br />

hemodinâmico nem outras alte rações. O rastreio auditivo neonatal<br />

não i<strong>de</strong>ntificou anomalias. A ecografia transfontanelar ao 8º dia <strong>de</strong> vida<br />

não revelou alterações. O estudo genético efectuado estabeleceu o diagnóstico<br />

<strong>de</strong> Distrofia Miotónica tipo 1, com expansão <strong>de</strong> aproximadamente<br />

1200 tripletos CTG. No período neonatal foi colocada ortótese nos membros<br />

inferiores e iniciou fisioterapia. Foi ainda refe renciada para seguimento<br />

em Cardiologia Pediátrica, Oftalmologia e Desenvolvimento.<br />

Actualmente, observa-se melhoria ligeira da hipotonia (apre sentando controlo<br />

cefálico inferior ao esperado para a ida<strong>de</strong>), com restante <strong>de</strong>senvolvimento<br />

psicomotor e evolução estaturo-pon<strong>de</strong>ral a<strong>de</strong>quados. Tem-se mantido<br />

assintomática do ponto <strong>de</strong> vista cardiovascular e respiratório.<br />

Discussão: Apresenta-se um caso <strong>de</strong> distrofia miotónica tipo 1 congé nita,<br />

<strong>de</strong> provável transmissão materna, em que a elevada taxa <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong><br />

tripletos antecipa um prognóstico reservado, impondo-se uma abordagem<br />

multidisciplinar para o acompanhamento das actuais e eventuais futuras<br />

complicações. É igualmente importante o estudo familiar para futuro<br />

aconse lhamento genético.<br />

Palavras-chave: Distrofia miotónica steinert congénita.<br />

PD57 - Diagnóstico e abordagem da Dermatose IgA linear da Infância<br />

numa lactente <strong>de</strong> 4 meses<br />

Gustavo Januário 1 ; Felicida<strong>de</strong> Santiago 2 ; Ana Moreno 2 ; Oscar Tellechea 2<br />

1- Hospital Pediátrico <strong>de</strong> Coimbra; 2- Departamento <strong>de</strong> Dermatologia.<br />

Hospitais da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

Introdução: A <strong>de</strong>rmatose IgA linear da Infância (LAD) é uma doença<br />

imuno-bolhosa sub-epidérmica rara e adquirida. Descrição do caso:<br />

Lactente <strong>de</strong> 4 meses, previamente saudável, sem história <strong>de</strong> exposição<br />

recente a fármacos ou antece<strong>de</strong>ntes familiares <strong>de</strong> doenças <strong>de</strong>rmatológicas,<br />

que inicia lesões vesiculo-bolhosas primariamente na região plantar com<br />

generalização posterior, nas semanas seguintes, aos membros, tronco e<br />

face. As mucosas foram sempre poupadas. Foi colocada a hipótese diagnóstica<br />

<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>rmatose imuno-bolhosa e foi realizada biopsia <strong>de</strong> uma<br />

das lesões que revelou uma bolha sub-epidérmica com infiltração <strong>de</strong><br />

eosinófilos na <strong>de</strong>rme. A imunofluorescência directa efectuada mostrou um<br />

<strong>de</strong>pósito linear <strong>de</strong> IgA, IgG e C3 na junção <strong>de</strong>rmo-epidérmica (JDE) mas<br />

a imunofluorescência indirecta foi nega tiva. Foi assim assumido o diagnóstico<br />

<strong>de</strong> LAD e, <strong>de</strong>vido à extensão das lesões, iniciado tratamento com<br />

dapsona e corticoterapia sistémica que teve <strong>de</strong> ser suspenso 3 semanas<br />

<strong>de</strong>pois, com rápido recru<strong>de</strong>scimento das lesões cutâneas, <strong>de</strong>vido a um<br />

quadro grave <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrio hidro-electrolitico complicado por sépsis.<br />

Após tratamento do quadro séptico com antibioterapia endovenosa foi possível<br />

reinstituir o tratamento com a dapsona e corticote rapia sistémica que<br />

teve uma duração total <strong>de</strong> 21 meses. A resolução das lesões cutâneas foi<br />

particularmente lenta mas completa. Actualmente a crian ça tem 3 anos, é<br />

saudável e não houve registo <strong>de</strong> qualquer recidiva lesional. Discussão: Os<br />

autores abordam a dificulda<strong>de</strong> no diagnóstico <strong>de</strong> LAD e da sua diferen -<br />

ciação <strong>de</strong> outras <strong>de</strong>rmatoses bolhosas da infância, particularmente no caso<br />

presente do penfigói<strong>de</strong> bolhoso. Discute-se igualmente o suporte fundamental<br />

das técnicas <strong>de</strong> imunofluorescência no diagnóstico e a relação entre<br />

os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> imunoglobulinas adicionais, para além da IgA, na JDE e a<br />

resistência ao tratamento.<br />

Palavras-chave: Dermatose Imuno-bolhosa, IgA<br />

S76

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