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tecnologia e intera - UTFPR

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Figura 67. Espectro<br />

Fonte: WEID, Mark & ROSS, Alex. Reino do Amanhã. São Paulo: Panini, 2004. p.14<br />

Os quadrinhos não reproduziram as funções do sistema de leitura e expressão da literatura.<br />

Tampouco duplicaram a do cinema ou as da fotografia. Eles adicionaram novos caminhos.<br />

Quando o leitor lê o conteúdo dos balões sua preocupação primária é entender as palavras que<br />

ali estão. Entretanto, os quadrinhos são uma arte também visual, e há uma preocupação com<br />

as qualidades visuais dos balões. Para Cagnin (1975), os balões, além de inserir o discurso<br />

direto na narrativa, participam também da imagem, transformando o elemento linguístico em<br />

elemento imagístico.<br />

Ainda segundo este autor, podemos salientar o balão de fala, cujo contorno é contínuo e<br />

forte, nítido. Já o balão de pensamento tem outra forma. Ele é irregular, ondulado ou quebrado.<br />

Isto dá-se porque muitas vezes é necessário diferenciar, para o leitor, se a personagem está falando<br />

ou pensando. Quando o pensamento é representado, ele o é mais etereamente, mais fugidio e<br />

menos concreto. Daí a idéia de informar ao leitor por meio de ondulações ou irregularidades<br />

em seu contorno. A personagem, ao falar, o faz em voz alta, ou seja, mais preciso, mais enfático,<br />

daí o contorno contínuo. Quando a personagem grita, o contorno tende (assim como as letras<br />

dentro do balão) a ficar mais saliente, maior e mais denso, como podemos perceber no desenho<br />

de Kelley Jones na figura 68.

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