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tecnologia e intera - UTFPR

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sejam compostas de palavras, como, por exemplo, shhhhh! que não é de forma alguma uma<br />

palavra.<br />

A maioria dos autores, principalmente aqueles muito calcados na produção industrial<br />

dos quadrinhos, não se preocupa em gerar suas próprias onomatopéias, preferindo utilizar<br />

aquelas já pré-existentes, uma vez que são de conhecimento do público leitor e compõem um<br />

repertório já devidamente conhecido, não havendo necessidade de criar novas idéias no exíguo<br />

tempo de criação que dispõem. Existem, porém, alguns artistas que preferem criar suas próprias<br />

onomatopéias e, mais do que isso, seus usos. A partir da idéia do som, alguns autores, como<br />

o americano Don Martin, criam suas próprias noções de representação sonora e, através dela,<br />

promovem o riso de seu leitor.<br />

Figura 103. Comédia por meio da onomatopéia.<br />

Fonte: MARTIN, Don. Don Martin. The Completely Mad Don Martin vol.2. EUA: Running Press, 2007.<br />

p.186<br />

As onomatopéias, portanto, como afirma Quella-Guyot (1994), acabam por constituir<br />

a sonoplastia das histórias em quadrinhos. Elas constituem os ruídos que tendem a conferir<br />

credibilidade à cena desenhada. Para Cirne (1970), a onomatopéia está para os quadrinhos<br />

assim como o ruído está para o cinema. Ramos (2009) vai um pouco adiante e conclui que

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