tecnologia e intera - UTFPR
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uma segregação ainda maior. Neste momento, apenas poucos artistas podiam ser lidos por uma<br />
multidão de pessoas. A distribuição continuou segmentada, tal como nas revistas impressas.<br />
Mesmo com os pagamentos, no entanto, os cartunistas recebiam pouco, e apenas alguns<br />
recebiam uma quantia interessante, tanto pela Modern Tales quanto pelo ComicGenesis (que<br />
em 2002 foi vendido para Mark Alessi 8 ), o que inviabilizou os webcomics enquanto negócio,<br />
voltando, para a maioria dos seus escritores, a ser apenas um passatempo, apenas uma atividade<br />
sem vistas à remuneração.<br />
Atualmente temos vários agregadores, porém a idéia de “agregadores” de webcomics<br />
ampliou-se para o desenvolvimento do quadrinho aliado à idéia de rede social, fóruns de<br />
discussões e divulgadores. Na internet atualmente a maior dificuldade é a da promoção. Esta<br />
preocupação é tão grande que a “encontrabilidade”, ou seja, a capacidade de ser encontrado na<br />
miríade de páginas lançadas diariamente na internet, tornou-se a maior preocupação de todas as<br />
empresas e pessoas que desejam manter uma página na rede.<br />
Paralelo ao desenvolvimento de ferramentas sociais, tais como Orkut, Facebook<br />
ou MySpace, foram desenvolvidas formas de utilizar tais ferramentas como estratégias de<br />
promoção e vendagem de produtos e serviços. Com isso, o criador de quadrinhos teve que<br />
deixar de ser apenas desenhista e roteirista. Teve que ampliar seus conhecimentos até o status<br />
de desenvolvedor, ou seja, além de criar seus quadrinhos, tem que ser capaz de divulgá-los,<br />
promovê-los e torná-los vendáveis aos leitores.<br />
Para Horton & Romero (2008), as principais ferramentas para o desenvolvedor de<br />
webcomics atualmente são websites como ComicGenesis, ComicSpace, DrunkDunk, LiveJournal<br />
e ClickWheel. Há também, como já dissemos, outras redes sociais que podem ser adaptadas<br />
pelo criador do webcomic, como Orkut, MySpace, FaceBook entre outras.<br />
No Brasil há poucos websites agregadores de quadrinhos. Franco (2008) analisou em<br />
sua obra o extinto CyberComix, pertencente, em sua origem, ao grupo ZAZ, que mais tarde<br />
virou o grupo Terra. Este website teve sua estréia em 1997 e contava com grandes nomes do<br />
quadrinho brasileiro como Laerte, Adão, Orlando Pedroso, Spacca e Gonsales além de alguns<br />
iniciantes como Tom B. e Mário AV. CyberComix, entretanto não resistiu ao “estouro da bolha”<br />
da internet e fechou no final de 2002.<br />
Atualmente há também o Webcomix, (www.webcomix.com.br) no ar desde primeiro de<br />
setembro de 2006, que promove apenas tiras e histórias em quadrinhos nacionais. Neste website<br />
os criadores de quadrinho têm à sua disposição um fórum para troca de informações, além<br />
da categorização não apenas das tiras, mas também dos artistas. Desta forma, o leitor pode<br />
encontrar mais trabalhos realizados pelo mesmo artista, além de uma breve biografia e forma<br />
de contato. Importante ressaltar que o agregador é mantido pelo portal UAI, do grupo O Estado<br />
de Minas. Assim, é necessário que o artista entre em contato com o responsável pelo portal<br />
antes de publicar seu conteúdo. Há, então, uma seleção de conteúdo e artistas por parte dos<br />
8 Alessi é o fundador da ComicGen, uma das companhias de quadrinhos que rivalizava com DC<br />
Comics e Marvel Comics, embora nunca tenha realmente chegado perto da vendagem ou popularidade<br />
destas.