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tecnologia e intera - UTFPR

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168<br />

Nestes seis anos o website teve nomes importantes dos quadrinhos brasileiros,<br />

como Angeli, Laerte, Fernando Gonsales, Adão Iturrusgarai, Spacca e Lourenço Mutarelli.<br />

O modelo, entretanto, parece não ter dado tão certo no Brasil quanto nos Estados Unidos,<br />

e hoje os webcartunistas estão aproximando-se do público através de websites construídos e<br />

mantidos individualmente, além de blogs, fotologs 19 e outras ferramentas como Orkut 20 , msn 21<br />

e twitter 22 .<br />

Há muitos webcomics brasileiros com grande visitação, entre eles nosso objeto de<br />

estudos, o website Malvados.com.br, que, ainda segundo o Alexa, está na posição 6.125 entre<br />

todos os websites do Brasil.<br />

4.4 Negócios<br />

Desde sua origem reprodutível, como já vimos em tópicos anteriores, as histórias em<br />

quadrinhos sempre foram um instrumento interessante tanto para aumentar a circulação dos<br />

jornais, como na disputa entre Hearst e Pulitzer, até as disputas nos jornais brasileiros, que<br />

como informa Júnior (2004) acabaram por gerar os suplementos infantis, além das disputas<br />

nas bancas de jornais tanto brasileiras quanto norte-americanas, e mais recentemente pela<br />

distribuição setorizada instituída, principalmente nos Estados Unidos pela empresa Diamond.<br />

A internet, entretanto, era um local incomum e difícil de ser compreendido em sua<br />

origem. Os administradores levaram algum tempo para entender como extrair desta rede<br />

as bases capitalistas do lucro e da mais valia. Em um ambiente aparentemente anárquico e<br />

“livre”, as tentativas de gerenciar um negócio muitas vezes não funcionaram pela dificuldade<br />

da própria compreensão do fenômeno midiático que se colocava para aqueles que deveriam<br />

gerir o “negócio” internet. A nova mídia que se apresentava necessitava de um tempo para<br />

compreender suas potencialidades e fraquezas. Matinas Suzuki Jr., em entrevista a Vieira (2003,<br />

p.240) afirma: “Existe um tempo de maturação de qualquer negócio. A publicidade nos jornais<br />

americanos levou oitenta anos para se tornar um grande negócio. Na televisão, levou quatro<br />

décadas”.<br />

Os quadrinhos também tentavam se estabelecer financeiramente viáveis nesta ocasião. O<br />

problema, como salienta Cambell (2006), foi a dificuldade de descobrir como esta possibilidade<br />

poderia tornar-se realidade. Surgem, então, diversas idéias e conceitos sobre como manter a<br />

produção de quadrinhos online crescente e de alguma forma capaz de garantir o sustento de<br />

seus criadores. Bill Jemas(apud Allen 2007), principal executivo da Marvel Comics na década<br />

de 1990, afirmou que se o negócio não gerasse considerável lucro, não era negócio, era um<br />

hobby. Ainda mais tratando-se de quadrinhos, onde qualquer edição com menos de 10.000<br />

19 Mistura das palavras blog e foto, ou seja, um diário fotográfico.<br />

20 website de relacionamentos da empresa Google.<br />

21 Comunicador instantâneo da empresa Microsoft.<br />

22 Microblog, ou seja, um diário que comporta entradas de até 140 caracteres por vez.

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