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tecnologia e intera - UTFPR

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Paralelo a isto, modestamente os quadrinhos começaram a ser vendidos em livrarias,<br />

com edições não mais em papel de polpa, mas sim com capas duras e muito luxo. Produtos,<br />

enfim, destinados aos colecionadores. E junto com este público, veio a diversificação do<br />

produto. Pode-se, a partir da primeira metade do século XXI, investir na produção de histórias<br />

em quadrinhos que não encaixavam-se no gênero de super-heróis ou cômicos. Começou neste<br />

período o consumo de inúmeros gêneros de quadrinhos, apoiados na diversificação do público<br />

e na segmentação de mercado.<br />

E é a partir do início do novo século que os mangás entram com força no mercado<br />

brasileiro. Há praticamente uma “febre” pelos quadrinhos oriundos do mundo nipônico no<br />

Brasil. Várias editoras começam publicar este tipo de histórias em quadrinhos, ao mesmo<br />

tempo que um público crescente de jovens começa a se interessar pelas temáticas e pela estética<br />

japonesa na arte dos quadrinhos.<br />

Percebendo este mercado, a própria empresa Mauricio de Sousa lançou, em agosto de<br />

2008, um produto voltado ao público jovem e com gosto pela tendência japonesa de quadrinhos:<br />

a Turma da Mônica Jovem. Como colocado na capa das primeiras revistas, “Em estilo mangá”,<br />

ou seja, apropriando-se da estética nipônica de quadrinhos.<br />

Na semana de seu lançamento, 57% das revistas foram compradas, obrigando a editora<br />

Panini a fazer mais tiragens, e aumenta-la para as próximas edições. Seriam feitas 80 mil<br />

revistas, porém, ao final do segundo número, este valor foi aumentado para 230 mil exemplares,<br />

e posteriormente, a partir da edição 4, para 375 mil exemplares, mostrando que há público leitor<br />

no Brasil, e que quadrinhos ainda podem render muita produção e gerar muito consumo.<br />

As dificuldades, entretanto, são muitas. Mauricio de Sousa é uma grande empresa,<br />

com vários funcionários e uma repercussão de 50 anos. Isso, naturalmente, não ocorre com<br />

um pequeno produtor de histórias ou tiras em quadrinhos que está começando sua produção<br />

atualmente. Para estes, como para Dahmer, a saída pode ser colocar suas histórias na internet.<br />

A saída pode ser virar um webcomic.<br />

Aliado a esta característica, devemos perceber também que houve um aumento<br />

exponencial na utilização do computador em todas as áreas do conhecimento e cultura, com<br />

este aumento, mais indivíduos interessaram-se pelo uso da máquina computacional, resultando<br />

em maior conhecimento da ferramenta por parte de usuários não especializados.<br />

Muitos destes usuários são também quadrinistas, que, quando interessados em criar<br />

quadrinhos, podem e valem-se desta ferramenta não só para agilizar o processo de criação e<br />

produção das histórias em quadrinhos mas também como forma de divulgação, por meio da<br />

internet.

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