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tecnologia e intera - UTFPR

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momento e nomes como Geocities, Tripod e Cidade Internet ofereciam hospedagem gratuita<br />

a seus usuários, o serviço não agradou aos cartunistas digitais tanto quanto seu concorrente, o<br />

website Big Panda.<br />

Neste momento histórico a idéia de “portais” agregadores de conteúdo era muito bem<br />

vista, porém assuntos e interesses por vezes incoerentes fez com que este tipo de iniciativa não<br />

desse tão certo quanto seus investidores esperavam. Como já vimos, uma nova idéia surgiu:<br />

“vortal” ou “portal vertical”, sobre apenas um assunto. No caso do Big Panda, quadrinhos.<br />

Campbell (2006) conta que um desentendimento fez com que Chris Crosby, cartunista<br />

e idealizador, não fosse contratado pelo Big Panda. O artista então chamou o programador<br />

e também cartunista Darren Bleue, e em seguida entrou em contato com os cartunistas que<br />

estavam descontentes com o serviço do Big Panda, que, segundo alguns usuários, não deixava<br />

quadrinhos menores prosperarem, e iniciou seu próprio agregador de conteúdo de quadrinhos<br />

online: Keenspot.<br />

Este serviço, segundo Campbell (2006), pagava aos criadores 50% dos lucros obtidos na<br />

publicidade do website, descontados os custos de manutenção. Em 2004, segundo Allen (2007),<br />

Keenspot tinha mensalmente 70 milhões de pageviews e 2,5 milhões de visitantes únicos.<br />

Atualmente (22/04/09), de acordo com o website de monitoramento de audiência alexa.com,<br />

o Keenspot nos Estados Unidos é o website número 5.135 entre todos os do país. A título de<br />

comparação, o website da maior editora de quadrinhos dos Estados Unidos, a Marvel Comics,<br />

é o website de número 1.443. Podemos perceber então que há, em um universo de bilhões de<br />

websites, ótima visibilidade e visitação nos quadrinhos divulgados apenas pela internet. Tanto<br />

os quadrinhos e personagens já consolidados no mercado estadunidense, como os da Marvel,<br />

como os novos talentos, mostrados por meio do Keenspot.<br />

Atualmente há vários subsites dentro do próprio Keenspot, todos relativos a webcomics<br />

que já atingiram algum status dentro da comunidade e precisam ficar em endereço próprio,<br />

porém dentro dos servidores do Keenspot. Como o serviço de hospedagem no Keenspot é pago,<br />

foi criado também o website ComicGenesis, para webcomics que não têm dinheiro ou não<br />

querem pagar por um serviço mais profissional. Desde 1 de maio de 2008 o website Keenspot<br />

deixou de atualizar seu serviço premium, e passou a ser gratuito. Atualmente o ComicGenesis<br />

responde pela maior parte da visitação da empresa, sendo inclusive o website de número 4.443<br />

no ranking do Alexa.<br />

No Brasil não há iniciativas fortes de webcomics desenvolverem portais. O único que<br />

teve repercussão, chegando a durar seis anos foi o website CyberComix, analisado por Franco<br />

(2008) e já explicitado neste estudo. O intuito deste website, porém, não era divulgar novos<br />

talentos, e sim apresentar antigos e consolidados cartunistas do país em uma tentativa de<br />

<strong>intera</strong>ção multimidiática através da internet. Segundo Franco (2008, p.180), o site seguia<br />

como um dos espaços de criação de quadrinhos para a rede mais importantes do<br />

cenário brasileiro, aglomerando ao seu redor dezenas de artistas conhecidos por seus<br />

quadrinhos impressos que começam a fazer experiências com a hipermídia.

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