tecnologia e intera - UTFPR
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faz sua própria página à sua maneira.<br />
O autor dos Malvados, no entanto, parece fazer algumas concessões à metáfora do<br />
jornal impresso. A principal delas é o fato de não podermos navegar nas tiras mais recentes caso<br />
tenhamos ido para uma mais antiga. Em um jornal impresso, raramente temos contato com as<br />
notícias ou matérias dos dias anteriores e posteriores. O jornal é, em essência, descartável para<br />
a maior parcela da população. Ainda que isto contrarie o que para Campbell (2006) é a maior<br />
vantagem dos webcomics sobre os quadrinhos impressos, ou seja, a capacidade de navegação<br />
por toda a extensão da obra, Dahmer não parece influenciado por esta idéia, sendo influenciado<br />
muito mais pelos impressos. Fagin (2009) assinala que livros são outro bom modelo a ser seguido,<br />
uma vez que têm nomes diferentes para os capítulos e numeração de páginas. Nos Malvados<br />
há uma diferenciação no nome das tirinhas (por exemplo: supermalvados ativar, Ulisses versus<br />
Ulisses ou minicômio) e também, no canto superior esquerdo, abaixo da logomarca da tira, há,<br />
como nos jornais ou livros, o número da tirinha. Ainda que esta fórmula não seja suficiente para<br />
o leitor, ela pelo menos ordena a leitura, posicionando o usuário acerca da data relativa e dos<br />
personagens envolvidos na trama.<br />
A segunda forma de navegação entre as tiras é através do menu intitulado escola da<br />
vida, colocado por Dahmer no canto esquerdo do website, logo abaixo dos links publicitários e<br />
imediatamente ao lado da logomarca da tirinha. Neste menu drop-down, o usuário pode clicar e<br />
escolher uma entre dezenas de tirinhas pelo nome. Novamente André Dahmer vale-se das idéias<br />
de Fagin (2009), que considera melhor separar as tiras por blocos de idéias, como, no caso dos<br />
Malvados, Ziniguistão, Abraço do Emir ou Albert. A diferença entre este menu e a idéia de<br />
Fagin é que o último explica ser necessário uma paginação para as tiras relativas à escolhida<br />
por meio do menu, coisa que Dahmer não faz neste menu. Uma vez escolhida a tirinha desejada,<br />
volta-se ao problema já anteriormente descrito de o usuário leitor poder apenas clicar na “tirinha<br />
de ontem”, o que acaba tendo pouca relevância, haja vista que a ordem das tiras já foi alterada<br />
graças à escolha do título no menu “drop-down”. Neste caso o leitor pode facilmente perder-se,<br />
não tendo, inclusive, como voltar à página inicial. Uma solução simples e que não é utilizada<br />
por Dahmer seria colocar, na logo da tira, um link para a página inicial. Nielsen (2000) afirma<br />
ser necessário colocar um link consistente em cada uma das páginas ligando à inicial. O melhor<br />
local segundo o autor seria o canto superior esquerdo para os websites cujas línguas sejam<br />
escritas da esquerda para a direita, e, obviamente, no canto superior direito para os websites<br />
cujas línguas são lidas a partir da direita.<br />
Há, porém, outro ponto a ser colocado contra a falta de um link permanente para a<br />
página inicial. Caso o leitor ache o website em algum site de buscas, dificilmente será levado<br />
à primeira página, e sim para uma página cuja tirinha tenha um termo relacionado à sua busca<br />
na ferramenta. Assim, um usuário inexperiente não conseguirá chegar à primeira página para,<br />
então, ler todas as tirinhas. Provavelmente o leitor clique no menu escola da vida, uma vez que<br />
este é o link mais evidente na página, e, novamente, não conseguirá chegar à página inicial.<br />
Memória (2005) informa que o webdesigner pode ter liberdade e pode posicionar os links