tecnologia e intera - UTFPR
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uma relevância é obtida, fazendo com que estes metadados sejam críticos para que a empresa<br />
consiga oferecer os resultados mais relevantes. A equação envolvendo dados, metadados e<br />
outras questões não é divulgada pela empresa, uma vez que é segredo comercial e a razão da<br />
existência da Google.<br />
A partir daí a publicidade online modifica-se. Segundo Battelle (2006), a Google<br />
comprou, em abril de 2003, a empresa Aplied Semantics. Esta empresa desenvolveu um<br />
algoritmo que compreendia o contexto da página exibida através de inúmeras variáveis, entre<br />
elas a quantidade de palavras relativas ao tema e a conexão entre palavras afins. Com isso, a<br />
empresa de Larry Page e Sergey Brin desenvolveu um modelo de negócios onde os anúncios<br />
eram “escolhidos” pelo algoritmo de uma maneira a se tornar relevante para o usuário. Por<br />
exemplo, em uma página com o tema “viagens” provavelmente os links de publicidade serão<br />
de empresas turísticas, hotéis ou guias de viagem. Este tipo de negócio acabou por se tornar<br />
a principal fonte de renda de inúmeros websites, principalmente dos blogs, cujo principal<br />
conteúdo acabava refletido nos hiperlinks.<br />
O Adsense, segundo Battelle (2006), foi lançado em março de 2003 e começou a ser<br />
usado pelos usuários a partir de junho deste mesmo ano. O programa foi um sucesso pois<br />
colocava em igualdade grandes websites e pequenos blogs. Qualquer interessado poderia colocar<br />
em suas páginas poucas linhas de código e ter propaganda instantânea, escolhida pela Google<br />
para gerar compensação financeira ao usuário. Seu maior apelo foi com os pequenos blogs,<br />
que anteriormente não tinham como transformar em dinheiro o pequeno tráfego que haviam<br />
acumulado. Battelle (2006, p.130) diz que “para muitas pessoas o Adsense era equivalente à<br />
magia - eles adicionavam algumas linhas de código aos seus sites e, depois de mais ou menos<br />
um mês, os cheques da Google começavam a chegar pelo correio.”<br />
A maior diferença e também maior atração do Adsense vem do fato de que ele era<br />
direcionado não pelas consultas dos consumidores, baseadas em intenções, mas sim pelo<br />
conteúdo que estava sendo veiculado no website. Ainda segundo Battelle (2006, p.130): “a<br />
suposição era que, se um leitor estivesse visitando um site a respeito, por exemplo, de flores, os<br />
anúncios sobre flores das redes Google seriam adequados.”<br />
Os webcomics, no entanto, não conseguem usufruir profundamente deste serviço,<br />
pois, segundo Allen (2007), o algoritmo da Google só lê palavras, sendo incapaz de perceber<br />
o contexto dentro das imagens das tiras. Mesmo assim, uma das fontes de renda do website<br />
Malvados é o Adsense. Colocado no canto direito da tira, a partir de 28 de junho de 2007, em<br />
geral apresenta links relacionados a escolas de arte, websites de entretenimento ou downloads<br />
para celular, como podemos perceber nas figuras 142 e 143.