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38<br />

estadunidenses.<br />

Patati & Braga (2006) informam ainda que as escolas são grandes divulgadores dos<br />

quadrinhos, como forma de alavancar o gosto das crianças pela leitura, e que é comum crianças<br />

terem em seus acervos os álbuns de Tintim.<br />

No mesmo ano de 1929, mais precisamente no dia 7 de janeiro, segundo Moya (1986)<br />

e Jones (2006), houve o lançamento coincidente de duas tiras em quadrinhos norte-americanas<br />

muito relevantes para a indústria de quadrinhos que estava caminhando a passos largos para um<br />

crescimento exponencial: Tarzan, de Edgar Rice Burroughs, e Buck Rogers, de Philip Nowlan<br />

e Dick Calkins.<br />

Como ambas as tiras eram basicamente de ação ou aventura, o próprio termo comics,<br />

cunhado para descrever as tiras predominantemente cômicas dos jornais estadunidenses acabou<br />

por adquirir outro significado. A partir de 1929, comics seriam qualquer tipo de histórias seriadas<br />

com desenhos e texto intercalados, facilitando não só o consumo, mas também o marketing e a<br />

publicidade, uma vez que tanto compradores quanto vendedores compreendiam comics como<br />

algo que interessava às crianças e jovens. Ambas as personagens, segundo Patati e Braga (2006)<br />

adaptavam para os quadrinhos diários a velha escola dos folhetins populares de aventura, nos<br />

Estados Unidos conhecidos pela alcunha de pulps, devido ao papel de resto de polpa usado para<br />

a impressão das revistas.<br />

Jones (2006) explica que estas revistas eram baratas e grossas, e eram impressas com<br />

uma tinta marrom escuro, e centenas de páginas de ficção em cada número. Com capas coloridas<br />

e pintadas, estas revistas inspiravam nos jovens terror, curiosidade, excitação e desejo. Algumas<br />

eram destinadas ao público adulto, porém, a maioria visava uma audiência de crianças entre 8 e<br />

14 anos de idade. Jones (2006) diz que um editor chamou esta de “idade dos heróis” na época.<br />

Ainda que fossem recriminadas e julgadas como maléficas por pais e professores, os garotos<br />

dos anos 1920 e 1930 as adoravam e não ficavam sem elas, estimulando ainda mais o comércio<br />

desta forma de arte.<br />

Jones (2006) chama atenção para uma edição em especial da revista Amazing Stories, de<br />

1928. Segundo o autor, esta edição foi ponto crucial para cineastas, escritores de ficção científica<br />

e engenheiros espaciais. Já na capa desta edição é mostrado um homem sorrindo, voando com a<br />

ajuda de um bastão e de instrumentos elétricos, como vemos na figura 13. Interessante perceber<br />

que normalmente este tipo de pulp trazia em sua capa monstros ou planetas destruídos, sempre<br />

mostrando o lado ruim da ciência. A história dentro da revista era The Skylark of Space, de<br />

Edward Elmer Smith, e contava a história de um jovem inventor de um aparelho capaz de viajar<br />

no espaço, descobrindo impérios intergalácticos em guerra. Assim, o herói entra para a polícia<br />

interestelar e salva sua noiva de bandidos espaciais.

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