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tecnologia e intera - UTFPR

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134<br />

criação das histórias em quadrinhos a partir da década de 1990, principalmente no quesito<br />

colorização, há um rol enorme de possibilidades para o artista inserir esta ou aquela sensação<br />

de barulho por meio de onomatopéias coloridas.<br />

A cor enquanto difusor de idéias é elemento chave para percebermos certas nuances<br />

nas onomatopéias. Quanto mais extravagante a cor, mais chamará a atenção do leitor para<br />

aquela onomatopéia indicada. Isto é sabiamente usado por alguns profissionais dos quadrinhos<br />

quando querem que um som sobreponha-se ao outro, mas não deseja aumentar demais o caracter<br />

tipográfico ou desejam chamar a atenção mesmo em um quadrinho colorido, o que naturalmente<br />

desvia a atenção do leitor caso a onomatopéia não esteja tão colorida quanto o restante da obra,<br />

como podemos perceber na figura 108.<br />

Figura 108. Onomatopéia e cenário.<br />

Fonte: JONES, Gerard, BARRETO, Eduardo & TOLLIN, Anthony. A Cabeça da Morte. in: The Shadow<br />

Strikes 1. EUA: DC Comics, 1989. p.10<br />

A função da onomatopéia, enfim, como afirma Quella-Guyot (1994) é principalmente a<br />

de tornar o som palpável ou, melhor dizendo, audível para o leitor. Esta função “imageante” do<br />

som há muito explorada pelas histórias em quadrinhos é uma das suas maiores peculiaridades,<br />

e para o autor, também uma de suas maiores conquistas.<br />

3.6 Movimento<br />

A arte pictória dos quadrinhos é inerentemente imóvel. Quella-Guyot (1994) nos alerta,<br />

porém, que a ilusão e a impressão de movimento são necessárias à história em quadrinhos<br />

enquanto o dinamismo do desenho depende em grande parte da representação do tempo.<br />

Para Cagnin (1975 p.110) há duas formas de inserir movimento nas histórias. A primeira<br />

delas é através do movimento corporal das próprias personagens: “As pessoas falam também<br />

com os gestos. Os quadrinhos, especialmente os atuais, exploram ao máximo as possibilidades de<br />

expressões corporais”. Por meio destes movimentos o leitor tem a possibilidade de acompanhar o<br />

delinear da conversa mais naturalmente, como se estivesse acompanhando um diálogo natural.

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