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Relatório Azul 2008 - DHnet

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O terceiro passo na direção da policialização da Brigada, foi<br />

dado com a extinção das guardas municipais por força da Constituição<br />

Estadual de 1935. Ocorre dessa forma um remodelamento das<br />

funções de polícia administrativa que em Porto Alegre continuou a ser<br />

exercida pela Guarda Civil a cargo do Estado desde janeiro de 1929. A<br />

Guarda Civil substituiu a polícia administrativa nas funções de polícia<br />

ostensiva-preventiva, que deixou de ser responsabilidade do<br />

Município de Porto Alegre. Não restava outro caminho à Brigada Militar<br />

a não ser uma organização policial com feições militares. As polícias<br />

militares, bem como à Brigada Militar, somente restavam dois<br />

caminhos: ou ser extintas ou se integrar no esquema dos serviços<br />

policiais. Esta última atividade soava "desonrosa" para oficiais da<br />

corporação, afeitos às glórias militares, que se acumularam na<br />

trajetória da Brigada Militar. Mais "desonroso" ainda era realizar as<br />

atividades de polícia administrativa no lugar das extintas guardas<br />

municipais.<br />

SEGURANÇA<br />

PÚBLICA<br />

O quarto passo no processo de policialização da corporação<br />

foi a edição do Ato nº 1.119, de 8 de dezembro de 1937, aprovou o<br />

quadro de distribuição de destacamentos da Brigada Militar para o<br />

serviço policial. O Ato nº 1.119/37 foi baixado pelo general Daltro Filho,<br />

interventor federal no Estado, substituindo o general Flores da Cunha,<br />

no governo do Rio Grande do Sul. Entre os considerandos desse Ato é<br />

interessante se ater que a Brigada Militar estão cometidos encargos<br />

na Nova Organização Policial e que o quadro de destacamentos era<br />

indispensável para atender as novas exigências dos serviços policiais.<br />

Basicamente o Ato 1.119/37, regulamentava a distribuição dos<br />

destacamentos da Brigada Militar para realizar policiamento no interior<br />

do Estado que foi dividido em seis regiões. Os destacamentos da<br />

Brigada para fins de policiamento no interior foram assim distribuídos:<br />

para 1ª Região em Caxias, 351 brigadianos; para a 2ª Região em<br />

Pelotas, 650 brigadianos; para 3ª Região em Cachoeira – com o<br />

Decreto nº 7.601/38 foi transferida para Santa Maria – 409<br />

brigadianos; para a 4ª Região em Alegrete, 633 brigadianos; para 5ª<br />

Região em Cruz Alta, 583 brigadianos e a para a Região Extra que<br />

compreendia os municípios da Grande Porto Alegre, 565 brigadianos.<br />

A incumbência dessa força poderosa era realizar os serviços de polícia<br />

dentro da nova organização polícia que se afirmava no Estado. Notem<br />

que na Capital não foram distribuídos esses destacamentos porque a<br />

Guarda Civil realizava esse tipo de serviço policial em Porto Alegre que<br />

se estendeu até maio de 1967, quando ela foi extinta pelo Governo do<br />

Estado, deixando a Brigada inteiramente encarregada da polícia<br />

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RELATÓRIO AZUL <strong>2008</strong>

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