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Relatório Azul 2008 - DHnet

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Em 1897, esse exército estadual, era comandado pelo coronel,<br />

José Carlos Pinto Junior, oficial do Exército Nacional, que comandou a<br />

corporação por 12 anos e 4 dias, o mais longo comando da história da<br />

Brigada. Efetivamente, o coronel José Carlos dispunha de uma força<br />

muito poderosa, talvez a mais bem treinada e preparada força militar<br />

estadual do País, constituída de 1.676 homens, quase todos<br />

temperados na guerra federalista. Júlio de Castilhos tinha dois braços<br />

de poder: o primeiro era o PRR que lhe dava sustentação política e o<br />

outro era a Brigada Militar com a qual, o temível republicano esmagava<br />

os seus inimigos. A Brigada permaneceu até meados da década de<br />

1930, exclusivamente como exército estadual e guarda pretoriana do<br />

regime Castilho-borgista.<br />

A quarta estrutura de segurança pública que existia em Porto<br />

Alegre ao tempo do crime da Azenha, era a policia particular que<br />

auxiliava a polícia administrativa na manutenção da ordem na cidade.<br />

Essa polícia, recebia a autorização da intendência para atuar na<br />

segurança ostensiva da Capital.<br />

5 – ANO DE 1926: EPILOGO DA TRAGÉDIA DA RUA DA<br />

AZENHA<br />

Corria o ano de 1925. Decorreram-se quase trinta anos da<br />

tragédia da Azenha. Muitas transformações ocorreram na cidade,<br />

principalmente nos dois últimos anos, na vibrante administração do<br />

intendente Otávio Rocha, sob o qual a Capital ganhou nova cara, com<br />

novas ruas, novas construções, novos traçados, processos intensos<br />

de higienização, para a cidade não ter mais os ciclos de epidemias de<br />

pestes. O jornal Gazetinha há muito já não existia mais e A Federação<br />

começava a torna-se uma sombra do que fora na época do crime da<br />

Azenha. Por outro, lado o Correio do Povo que nascera pouco antes<br />

da tragédia da Azenha tornava-se, a cada dia, o jornal mais importante<br />

da Capital. Passados tantos anos do crime que abalou a Capital, ainda<br />

se fazia sentir, mas o seu eco ia se apagando na memória dos portoalegrenses.<br />

No enorme e sombrio edifício da Casa de Correção, situado na<br />

extremidade da península da Capital, banhado pelo Guaíba,<br />

encerrava em seus muros aquele que o povo ainda chamava de o<br />

"feroz assassino da Azenha", o "monstro" possuído de crueldade sem<br />

limites que deixava todos gélidos de medo, cujo nome era<br />

pronunciado com horror e um frio na barriga: Ozório Cazuza. Nesses<br />

anos que se passaram, a fama de bandido e assassino frio e cruel de<br />

RELATÓRIO AZUL <strong>2008</strong> 54

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