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Relatório Azul 2008 - DHnet

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é, de fato, a postura dos adolescentes durante sua passagem pelo Projeto.<br />

Um bom exemplo inicial consiste na análise de um indicador que serve de<br />

referência para qualquer medição de clima organizacional: o absenteísmo.<br />

Empresas organizadas e que contam com a admiração e o orgulho do<br />

colaborador em integrar o quadro de funcionários tendem a ter percentuais de<br />

ausência e de rotatividade bastante reduzidos. No Pescar, os índices de<br />

desistência e de afastamento são irrisórios. Muitos grupos (para não dizer a<br />

esmagadora maioria) completam o curso sem perder um único colega. Isto é,<br />

a tendência mostra que todos os jovens que começam o programa procuram<br />

concluí-lo. Isto demonstra claramente o entendimento e a satisfação deles<br />

referentes à chance com que foram contemplados. Um segundo exemplo<br />

pertinente, é relativo ao envolvimento da comunidade onde está inserido o<br />

integrante do curso. Conforme o(a) estudante vai adotando a ideologia do<br />

projeto e percebendo que portas começam a se abrir ao seu redor, ele(a)<br />

passa a multiplicar esta filosofia no meio onde vive. Vários são os casos de<br />

famílias que se restruturam e melhoram seu nível de vida como conseqüência<br />

da participação dos adolescentes. Vale ressaltar que tais movimentos podem<br />

não ser benefícios diretos ou imediatos do Pescar, mas, ainda que<br />

indiretamente ou gradualmente, essas melhorias encontram suas raízes no<br />

Projeto. E pode-se, também, salientar um terceiro ponto que ilustra<br />

adequadamente o impacto social desta iniciativa. A cada nova turma que uma<br />

empresa abre em sua unidade, o número de candidatos inscritos aumenta<br />

significativamente. Há casos de organizações que, oferecendo 15 ou 20<br />

vagas, são obrigadas a realizar processos seletivos para centenas de jovens.<br />

Finalmente, um último aspecto de extrema relevância e que não pode<br />

ser ignorado é o esforço da Fundação em manter um acompanhamento dos<br />

formados para verificar resultados e revisar políticas. Um dos indicadores<br />

mais importantes no ano de 2004 (época em que me afastei deste trabalho)<br />

era o percentual de permanência dos jovens nos postos de trabalho, isto é, a<br />

quantidade de garotos que conservavam os empregos após a saída do<br />

Projeto. Este follow-up não se restringia a um mapeamento do primeiro<br />

trimestre ou do primeiro semestre, pelo contrário, interessava aos monitores<br />

levantar dados tão precisos quanto possível, de preferência, conseguindo<br />

informações que permitissem observar longitudinalmente o desenvolvimento<br />

dos egressos. Deste modo, podia-se reforçar tópicos e matérias que<br />

favorecessem a manutenção de vagas e reduzissem a rotatividade. Neste<br />

momento, é válido parar um pouco e refletir sobre o grau de seriedade de uma<br />

instituição que se dedica a seguir seus "afilhados" por tanto tempo quanto<br />

puder. E isso unicamente com o intuito de fazer uma auto-análise e uma<br />

autocrítica visando aprimoramento. Quem dera, houvesse esse desejo em<br />

todas as instituições públicas e privadas.<br />

Apesar de todos os dados citados acima, nada supera o fato real.<br />

Assim, faz-se interessante comentar algumas situações vivenciadas no<br />

período em que pude atuar junto à Fundação. Narrarei três casos, dentre os<br />

RELATÓRIO AZUL <strong>2008</strong> 230

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