30.11.2014 Views

Relatório Azul 2008 - DHnet

Relatório Azul 2008 - DHnet

Relatório Azul 2008 - DHnet

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ordem orgânica e de um espírito de anarquia responsável como<br />

expressões essenciais do que define como qualidade sem um nome<br />

(1981:35) que dá vida aos ambientes humanos. Assim:<br />

Unicamente as próprias pessoas que fazem parte de<br />

uma comunidade são capazes de dirigir um processo<br />

de crescimento orgânico. Elas conhecem como<br />

ninguém suas próprias necessidades e sabem<br />

perfeitamente se os edifícios, os enlaces entre edifícios<br />

e espaços públicos, servem ou não servem.<br />

(…) Um equilíbrio orgânico somente pode ser obtido<br />

graças a ação de uma comunidade, onde cada um dá<br />

forma as partes do meio ambiente que conhece melhor.<br />

(Alexander et al.,1978:30)<br />

E quanto as possibilidades de que estas palavras sejam mais<br />

do que um manifesto de generosidade, o arquiteto agrega uma<br />

perspectiva que sugere a emergência de processos autoorganizadores<br />

e auto-gestionáveis, quando afirma que;<br />

Cremos (…) que uma ordem orgânica autêntica<br />

unicamente se pode encontrar através de uma<br />

anarquia responsável, onde as pessoas sintam-se<br />

livres para construir e, ao mesmo tempo se sintam<br />

animadas individualmente a atuar em favor de uma<br />

comunidade que as ultrapassa, sem necessidade de<br />

serem forçados a isso por uma autoridade superior.<br />

(1978:102)<br />

DIGNIDADE<br />

HUMANA<br />

A esta referida qualidade sem um nome, parte essencial para<br />

entender a abordagem deste autor, se define na distinção entre o<br />

integral e o partido. E, em oposição a uma cidade partida em muitas<br />

faces desarticuladas, o que o Estatuto das Cidade impõe, como meta<br />

de cidadania e participação, é, justamente, a construção da cidade<br />

integral. A isso chamarei, sem receio, de urbanidade: expressão<br />

sócio-espacial da solidariedade, da justiça e da participação.<br />

319<br />

RELATÓRIO AZUL <strong>2008</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!