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Fundamentos de Física 9ª Edição Vol 2 - Halliday 2 ED 9 (em cores)

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_5 Entropia no Mundo Real: Máquinas Térmicas

vrna máquin~ térmica é um ?i.spositivo que extrai energia do ambiente na forma

de calor e realiza u~ trabalho util. Toda máquina térmica utiliza uma substância de

trabalho. Nas máquinas ª vapor, ª substância de trabalho é a água, tanto na forma

líquida quan~o na forma de :7apor. Nos motores de auto1nóvel, a substância de traba­

Jho é uma m1s~ura de gaso~na. e ar. Para que uma máquina térmica realize trabalho

de forma cont1nu~, .ª substancia de trabalho deve operar em u1n ciclo, ou seja, deve

passar por um~ serie fechada de processos termodinâmicos, chamados de tempos,

voltando repet1dame~te a cada e~tado do ciclo. Vamos ver o que as leis da termodinâmica

podem nos dizer a respeito do funcionamento das máquinas térmicas.

A Máquina de Carnot

Como vi1nos, é possível aprender muita coisa a respeito dos gases reais analisando

um gás ideal, que obedece à equação p V = nRT. Embora não existam gases ideais

na natureza, o comportamento de qualquer gás real se aproxima do comportamento

de um gás ideal para pequenas concentrações de moléculas. Analogamente, podemos

compreender melhor o funcionamento das máquinas térmicas estudando o comportamento

de uma máquina térmica ideal.

ENTROPIA E A SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA 255

~Em uma 1náquina térmica ideal, todos os processos são reversíveis e as transferências

de energia são realizadas sem as perdas causadas por efeitos como o atrito e a

turbulência.

Vamos examinar um tipo particular de máquina térmica ideal, chamada de máquina

de Carnot em homenagem ao cientista e engenheiro francês N. L. Sadi Camot,

que a imaginou em 1824. De todas as máquinas térmicas, a máquina de Carnot é a

que utiliza o calor com maior eficiência para realizar trabalho útil. Surpreendentemente,

Carnot foi capaz de analisar o desempenho desse tipo de máquina antes que a

primeira lei da termodinâmica e o conceito de entropia tivessem sido desc?b~rtos.

A Fig. 20-8 mostra, de forma esquemática, o funcionamento de uma maqu1~a de

Carnot. Em cada ciclo da máquina, a substância de trabalho absorve uma quantidade

IQQI de calor de uma fonte de calor a uma temperatura constante TQ e fornece uma

quantidade IQFI de calor a uma segunda fonte de calor a uma temperatt1ra constante

mais baixa Tp · · 1

A Fig. 20-9 mostra um diagrama p-V do ciclo de Carnot, ou seJ~, o _cic o a que

· 1h ' · na de Camot Como indicam as seé

submetida a substância de traba O na maqui · b A • d b 1h ,

.d h á · Imagine que a su stanc1a e tra a o e

tas, o ciclo é percorrido no senti o or no. . . A b 1 b

, . . d "eito de matenal isolante e com um em o o su -

um gas, confinado em um c1 1 tn ro 1 1

Funcionamento de uma

máquina de Carnot

Calor é

absorvido.

Calor é

perdido.

l

(

QQ

r

rt,

'JQ

i

t

·,, l

li'

Tr abalho é

re alizado pela

má quina.

Figura 20-8 Os elementos de uma

1náquina de Carnot. As duas setas pretas

horizontais no centro representam

uma substância de trabalho operando

ciclica1nente, co1no e1n um diagratna

p-V. Uma energia lQQI é transferida

na fonna de calor da fonte quente,

que está a u1na te1nperatura T 0 , para

a substância de trabalho; un1a energia

IQrl é transferida na forn1a de calor da

substância de trabalho para a fonte fria,

que est.í à te1npcratura T,. Um trabalho

\\' é reali,aJo pela 1náqu1nn térn1ica (na

realidade. pela sub:-.tância de trabalho)

sobre o :unbiente.

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