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izquierdas

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Las <strong>izquierdas</strong> latinoamericanas, de la oposición al gobierno<br />

qual as demandas de vários grupos na população são transformadas<br />

em itens para os quais os agentes públicos prestam atenção seriamente”<br />

(cobb; ross; ross, 1976: 126). Villanueva (2000) opta por uma definição<br />

ligeiramente distinta, afirmando que agenda governamental é<br />

tudo aquilo que se constitui em objeto da ação estatal. a agenda governamental<br />

se relaciona e normalmente deriva da agenda mais ampla de<br />

uma sociedade, que é definida como o processo pelo qual problemas e<br />

alternativas de solução ganham ou perdem atenção da sociedade (Birkland,<br />

2001). Essa agenda mais ampla constitui a agenda pública.<br />

o objeto desta pesquisa é o início do século XXi na américa latina,<br />

período que chama atenção no mundo pela emergência de diversos<br />

governos que assumiram o poder com um discurso crítico sobre a<br />

agenda neoliberal da década de noventa. Por essa razão, optou-se por<br />

realizar um estudo de caso comparativo sobre o surgimento de um<br />

mesmo tipo de política pública, ainda que com características distintas,<br />

no Brasil e na Venezuela.<br />

a política pública em questão é a de economia solidária. conhecida,<br />

no caso venezuelano, como economia popular ou comunal, partese<br />

do pressuposto de que nos dois casos trata-se da mesma política,<br />

pois há diversos elementos comuns, em especial o propósito de fomentar<br />

o trabalho autogestionário e a organização cooperativa do trabalho.<br />

o objetivo dessas políticas é que os trabalhadores se organizem<br />

por conta própria, trabalhem e obtenham sua renda por meio de uma<br />

forma de produção que se distinga da empresa capitalista, pois todos<br />

os membros do empreendimento são, ao mesmo tempo, proprietários<br />

e trabalhadores, havendo democracia interna e igualdade dos votos<br />

na tomada de decisão. a origem da economia solidária remete a movimentos<br />

operários existentes desde o surgimento do capitalismo, porém<br />

houve um crescimento desses empreendimentos a partir de 1990,<br />

mesmo período em que surgem organizações de apoio, pesquisas e<br />

articulação internacional em torno desse movimento.<br />

Entre o final da década de noventa e os primeiros anos do século<br />

XXi, para além das iniciativas espontâneas da sociedade civil, também<br />

começaram a surgir políticas públicas de fomento à economia<br />

solidária. Brasil e Venezuela são exemplos de países que adotam esse<br />

tipo de ação, porém não são os únicos. outros países da mesma região,<br />

como argentina, uruguai, Bolívia e Equador também adotam<br />

políticas de economia solidária aproximadamente no mesmo período,<br />

o que reforça o interesse desta pesquisa. dessa forma, assume-se que<br />

a análise detalhada dos casos brasileiro e venezuelano possa levantar<br />

hipóteses aplicáveis aos demais países.<br />

no Brasil, houve inicialmente algumas experiências dessas políticas<br />

públicas em municípios, na segunda metade dos anos noventa. Em<br />

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