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Las <strong>izquierdas</strong> latinoamericanas, de la oposición al gobierno<br />

missão Vuelvan Caras em missão Che Guevara. a definição da missão<br />

agora é de “um programa de formação com valores socialistas, integrando<br />

o ético, ideológico, político e técnico-produtivo, para contribuir<br />

na geração de um maior nível de satisfação social e transformar o<br />

sistema socioeconômico capitalista em um modelo econômico socialista<br />

comunal” (minEc, 2007b). também não está claro, no entanto,<br />

quais mudanças virão com a alteração do nome da política pública.<br />

Origem e características da política<br />

de economia solidária no Brasil<br />

a política brasileira de economia solidária surgiu, em nível nacional,<br />

no ano de 2003. os anos que antecederam essa origem foram de difusão<br />

do conceito de economia solidária, de crescimento dos empreendimentos<br />

econômicos solidários e de estruturação de diversas entidades<br />

de apoio e fomento à economia solidária. Esses eventos ocorreram<br />

vinculados à percepção de um grave problema de desemprego.<br />

como, nas décadas de oitenta e noventa do século XX, houve níveis<br />

extremamente baixos de crescimento econômico, o desemprego<br />

nesse período chegou a níveis nunca antes atingidos no Brasil, impulsionado<br />

pela aplicação de políticas de cunho neoliberal. o desemprego,<br />

medido em função da população economicamente ativa passou de<br />

2,7% em 1979 e 3,1% em 1989 para 9,5% em 1999 (Pochmann, 2003).<br />

a alteração na composição da demanda agregada, a natureza da reinserção<br />

externa, o processo de estruturação empresarial e o padrão de<br />

ajuste do setor público foram os fatores mais importantes para esse<br />

crescimento do desemprego. o gráfico 3 apresenta a evolução das taxas<br />

de desemprego no Brasil entre 1990 e 2002.<br />

a reação ao aumento do desemprego por parte dos governos que<br />

aplicaram as políticas neoliberais passou, inicialmente, por negar o<br />

problema. Em seguida, considerou-se que o desemprego seria algo inevitável<br />

frente à necessidade de modernização tecnológica, atribuindo a<br />

culpa aos próprios desempregados por não serem qualificados. Finalmente,<br />

passou-se a considerar o chamado custo Brasil como culpado<br />

pelo desemprego. Essa seria a estratégia para considerar o trabalhador<br />

ainda mais culpado pelo próprio desemprego, uma vez que fatores<br />

como desejar ter a carteira de trabalho assinada ou a atuação de<br />

um sindicato forte aumentariam o custo da produção, causando ainda<br />

mais desemprego (Pochmann, 2003). Percebe-se, de maneira geral que<br />

esse processo foi semelhante nos demais países latino-americanos.<br />

a denúncia do desemprego causado pelas políticas neoliberais foi<br />

um argumento amplamente utilizado até 2002 pelo Partido dos trabalhadores,<br />

seu dirigente lula e por diversos movimentos sociais que<br />

tradicionalmente o apoiavam, como a central única dos trabalhado-<br />

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