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capacitação para comitês de ética em pesquisa - BVS Ministério da ...

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CAPACITAÇÃO PARA COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA<br />

Constituição<br />

A partir <strong>da</strong> publicação <strong>da</strong> norma, as instituições<br />

começaram a organizar os seus <strong>comitês</strong> ou a fazer as<br />

a<strong>da</strong>ptações na sua constituição, as que já os tinham <strong>em</strong><br />

funcionamento, <strong>para</strong> solicitar o seu registro na Comissão<br />

Nacional.<br />

De janeiro <strong>de</strong> 1997, quando chegaram os primeiros<br />

registros <strong>de</strong> CEPs, a fevereiro <strong>de</strong> 1998, 161 instituições<br />

solicitaram registro na Cones sendo que 122 foram<br />

aprovados no período, por estar<strong>em</strong> compostos segundo<br />

a norma (76%); os outros 39 pedidos estavam sendo<br />

analisados.<br />

Esses CEPs se localizaram nas principais instituições<br />

<strong>de</strong> <strong>pesquisa</strong> do país, acompanhando naturalmente a sua<br />

distribuição geográfica, com maior concentração nos<br />

estados <strong>de</strong> São Paulo (62%), Rio <strong>de</strong> Janeiro (24%),<br />

Minas Gerais (17%), Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (13%), Paraná<br />

(11%) e Pernambuco (0,6%), existindo já <strong>em</strong> quase<br />

todos os estados brasileiros.<br />

Gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>les estavam localizados <strong>em</strong><br />

instituições universitárias (76), por sua vocação <strong>de</strong><br />

<strong>pesquisa</strong> locados <strong>em</strong> or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente nas Santas<br />

Casas e hospitais. Dentro <strong>da</strong>s instituições universitárias,<br />

esse quadro obe<strong>de</strong>ce a seguinte distribuição: hospitais<br />

universitários, facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> medicina, facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> odontologia, facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s integra<strong>da</strong>s e núcleos <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> coletiva, segui<strong>da</strong>s pelas facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> farmácia,<br />

enfermag<strong>em</strong> e fisioterapia.<br />

Perfil dos m<strong>em</strong>bros<br />

Dentre os participantes dos primeiros <strong>comitês</strong>,<br />

cerca <strong>de</strong> 40% são médicos <strong>de</strong> formação, sendo também<br />

freqüente a participação <strong>de</strong> profissionais <strong>da</strong> área do<br />

direito (9%) e <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como enfermag<strong>em</strong> (9%),<br />

odontologia (4%), nutrição, fisioterapia e outras como<br />

filosofia (2%), teologia (3%), sociologia, etc., englobando<br />

praticamente to<strong>da</strong>s as áreas do conhecimento, estando<br />

clara a sua concepção multidisciplinar. A composição<br />

média é <strong>de</strong> 11 m<strong>em</strong>bros.<br />

A representação dos usuários t<strong>em</strong> perfil bastante<br />

variado, contando com pessoas <strong>da</strong>s diferentes<br />

profissões, muitos participantes <strong>de</strong> organizações <strong>da</strong><br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil como associações <strong>de</strong> portadores <strong>de</strong><br />

patologias (diabéticos, hipertensos, renais crônicos,<br />

1 2<br />

HIV+, hansenianos, etc.), associações <strong>de</strong> voluntários<br />

<strong>de</strong> hospitais e clínicas, associações <strong>de</strong> moradores,<br />

associações <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa dos direitos humanos, ou<br />

mesmo religiosos, agentes comunitários <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e<br />

até vereadores. Os usuários correspon<strong>de</strong>m a 9% dos<br />

m<strong>em</strong>bros <strong>de</strong> CEP.<br />

O perfil dos coor<strong>de</strong>nadores revela que 72% são<br />

médicos e mostra o aparecimento <strong>de</strong> uma li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong><br />

profissionais <strong>de</strong> formação varia<strong>da</strong> (28%), notando-se<br />

gran<strong>de</strong> prepon<strong>de</strong>rância do sexo masculino.<br />

Comentários<br />

Esses <strong>da</strong>dos apontam <strong>para</strong> um alto grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são às<br />

normas, seja pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> <strong>comitês</strong> formados<br />

<strong>de</strong> imediato no primeiro ano <strong>de</strong> vigência <strong>da</strong> Resolução<br />

CNS nº 196/96, seja por sua composição com gran<strong>de</strong><br />

participação multidisciplinar, <strong>de</strong>stacando-se, além<br />

dos profissionais <strong>da</strong>s ciências <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>, do direito,<br />

psicologia, filosofia e teologia, os representantes <strong>de</strong><br />

usuários. Também se percebe a a<strong>de</strong>são à proposta <strong>de</strong><br />

abrangência <strong>da</strong> resolução, ou seja, <strong>pesquisa</strong> envolvendo<br />

seres humanos e não <strong>pesquisa</strong>s biomédicas ou <strong>em</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

como na norma anterior, constata<strong>da</strong> pelo gran<strong>de</strong> número<br />

<strong>de</strong> <strong>comitês</strong> vinculados às universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>ndo,<br />

portanto, receber projetos <strong>de</strong> áreas diversas <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>,<br />

tais como sociologia, educação, antropologia, etc.<br />

Dessa forma, percebe-se claramente a mu<strong>da</strong>nça do<br />

perfil dos <strong>comitês</strong>, antes <strong>de</strong> caráter mais profissional,<br />

uma vez que <strong>de</strong>rivados dos Comitês <strong>de</strong> Ética Médica,<br />

<strong>para</strong> um colegiado mais diversificado, resultando numa<br />

plurali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enfoques a ser<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rados na prática<br />

<strong>da</strong>s análises dos projetos.<br />

Comitês <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa<br />

A análise <strong>da</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>ética</strong> <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s se concretiza<br />

nos Comitês <strong>de</strong> Ética <strong>em</strong> Pesquisa <strong>da</strong>s instituições.<br />

A clara caracterização <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s e,<br />

conseqüent<strong>em</strong>ente, a análise <strong>de</strong> sua vali<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

aceitabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>em</strong>basa<strong>da</strong> <strong>em</strong> conhecimentos prévios<br />

que apont<strong>em</strong> <strong>para</strong> o benefício e o acompanhamento<br />

controlado <strong>de</strong> seus resultados, <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>ática<br />

e universal (cobrindo todos os protocolos), po<strong>de</strong>m<br />

trazer ganhos enormes tais como a diminuição do<br />

número <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>snecessariamente expostas a

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