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capacitação para comitês de ética em pesquisa - BVS Ministério da ...

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CAPACITAÇÃO PARA COMITÊS DE ÉTICA EM PESQUISA<br />

escolhas (<strong>de</strong> ser ou <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r-se no na<strong>da</strong>) entre necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

e <strong>de</strong>sejos, entre ser e ter, pois é preciso encontrar práticas<br />

<strong>para</strong> promover a digni<strong>da</strong><strong>de</strong> humana e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>.<br />

Nesse sentido, a <strong>ética</strong> na <strong>pesquisa</strong> científica, diante<br />

do progresso e do domínio técnico-científico, exige<br />

uma prática <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e competência moral<br />

que requer a existência <strong>de</strong> um sujeito consciente, ou<br />

seja, do <strong>pesquisa</strong>dor ou cientista não submetido à<br />

apologia irrestrita <strong>da</strong> técnica.Por conseguinte, trata-se<br />

<strong>de</strong> construir os meios <strong>para</strong> ensejar o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

técnico-racional, no âmbito <strong>da</strong> <strong>pesquisa</strong>, pautado por<br />

<strong>ética</strong>s que esclareçam normativamente o que <strong>de</strong>ve<br />

ou não ser feito, o que se po<strong>de</strong> ou não, diante <strong>da</strong>s<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> investigação científica.<br />

Nesse ínterim, <strong>para</strong> um comitê <strong>de</strong> <strong>ética</strong> <strong>em</strong> <strong>pesquisa</strong><br />

interessado na construção <strong>de</strong> uma cultura <strong>da</strong> bio<strong>ética</strong>, é<br />

importante permear suas discussões pela racionali<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

enten<strong>de</strong>ndo-se aqui por racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> a razoabili<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Referências Bibliográficas<br />

BEAUCHAMP, T.L. & CHILDRESS, J.F. Princípios <strong>de</strong> Ética Biomédica.<br />

São Paulo: Loyola [no prelo].<br />

BIOETHIC TOPICS. .<br />

Acesso <strong>em</strong>: 10/ago./02. DRANE, J. Clinical Bioethics. Kansas City, Sheed<br />

and Ward, 1994.<br />

DUSSEL, E. Ética <strong>da</strong> Libertação: na i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> globalização e <strong>da</strong> exclusão.<br />

Petrópolis: Vozes, 2000.<br />

ENGELHARDT JR., H.T. Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> Bio<strong>ética</strong>. São Paulo, Loyola,<br />

1998. Bioethcs and Secular Humaninism: the search for a common morality.<br />

Filadélfia: Trinity Press International, 1991. GRECO, D. Ensaios clínicos<br />

180<br />

A legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> nasce na confluência <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />

razão com as razões <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Assim, a razoabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

aparece como a racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> humana <strong>de</strong> maneira<br />

teleológica, tornando a razão, razão do hom<strong>em</strong>, pelo<br />

hom<strong>em</strong> e a serviço <strong>de</strong> todo hom<strong>em</strong>, respeitando as<br />

diferenças, s<strong>em</strong> confundi-las com <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso<br />

atrai <strong>para</strong> o comitê <strong>de</strong> <strong>ética</strong> <strong>em</strong> <strong>pesquisa</strong> a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> manter coesa a inter-relação entre os protocolos<br />

metodológicos <strong>da</strong>s <strong>pesquisa</strong>s clínicas e acesso aos<br />

melhores diagnósticos e terapêuticas existentes, s<strong>em</strong><br />

minimizar tal inter-relação <strong>em</strong> favor <strong>de</strong> práticas que<br />

excluam nações ou mantenham a vulnerabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(individual e coletiva) <strong>da</strong>quelas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s pobres<br />

ou mesmo <strong>de</strong> certos grupos internos a elas. A <strong>ética</strong> e a<br />

bio<strong>ética</strong> são importantes oponentes às práticas tirânicas<br />

e totalitárias, assim como se opõ<strong>em</strong> às manipulações<br />

espúrias do corpo humano e dos animais que os<br />

reificam e transformam <strong>em</strong> mercadorias.<br />

<strong>em</strong> países ‘<strong>em</strong> <strong>de</strong>senvolvimento’: a falácia <strong>da</strong> urgência ou <strong>ética</strong> versus<br />

pressão econômica. Doutor! O jornal do Médico, nº 83, p.3, 17/jul./99.<br />

MIFSUD, T. El Respecto por la Vi<strong>da</strong> Humana (Bio<strong>ética</strong>). Santiago: Paulinas/<br />

CIDE, 1987.<br />

PESSINI, L. & BARCHIFONTAINE, C.P. Bio<strong>ética</strong>: do principialismo à<br />

busca <strong>de</strong> uma perspectiva latino-americana In<br />

COSTA, S.I.; GARRAFA, V. & OSELKA, G. (orgs.). Iniciação à Bio<strong>ética</strong>.<br />

Brasília: Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina, 1998.<br />

1. Originalmente publicado na revista Impulso, Piracicaba, 14 (35): 95-100,<br />

2003, e gentilmente cedido pela Editora UNIMEP<br />

(, ).

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