o economista
o economista
o economista
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
que se levantasse. Aproximou-se dela, e com um olhar<br />
edaz, leu o seu rosto .<br />
----A tua enrival quer te dar cabo !----disse de<br />
chofre, o quimbanda, imediatamente voltando para o<br />
quarto.<br />
O espanto na cara da vizinha, reflectiu-se na de todos<br />
quantos se encontravam no quintal, logo transbordando<br />
para as dos que lá fora aguardavam a sua vez. Todo o<br />
mundo pôs-se a comentar o facto.<br />
Zito tratou a vizinha, tendo tirado da sua testa uma<br />
ponta de agulha. No dia seguinte, foi à sua casa com uma<br />
vassoura de mateba e as duas panelinhas de barro.<br />
Pediu água da sanga, e com a vassoura, borrifou todas<br />
as portas e cantos da casa. Recomendou que guardasse uma<br />
panelinha debaixo da cama onde dormia com o marido, e que<br />
enterrasse a outra junto à entrada principal, para<br />
impedir que o mal entrasse naquela casa.<br />
O nome de Zito ia longe, além-mar, além-terra, alémuniverso.<br />
No garrafão, o dinheiro já não cabia. Precisou<br />
de arranjar outro.<br />
Quando Zito voltou da casa da vizinha, encontrou<br />
dentre as várias pessoas que o esperavam, uma senhora<br />
que se fazia acompanhar de um filho em avançado estado de<br />
giba.<br />
----Já andámos tanto, em todas igrejas, todos<br />
hospitais, em todo o lado, e nada!----lamentava-se a<br />
senhora.<br />
O quimbandeiro levantou a camisa do miúdo, apalpando a<br />
corcundinha a florescer nas suas costas.<br />
----Este caso é simples!---- afirmou Zito ----Vamos!<br />
Entrou no interior da casa, seguido pela senhora e<br />
pelo miúdo. Mandou à mãe, que deitasse o filho numa<br />
esteira estendida no chão, indo ele sentar-se ao bordo da<br />
sua cama.<br />
103