o economista
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---- Acho que todos vão trocar a mesma quantidade<br />
de dinheiro. Certamente que estabelecerão um tecto<br />
máximo por pessoa…<br />
---- E onde é que serão colocados os postos de<br />
troca?---- perguntava a esposa.<br />
Apesar de atento, Zito estava noutro estado de<br />
humor.<br />
---- Nas Comissões de Bairro, no Banco…----<br />
explicava o marido.<br />
Jenito pediu licença para retirar-se da mesa, e<br />
dirigiu-se para o seu quarto.<br />
---- Já tão cedo, primo? ---- perguntava o primo,<br />
notando alguma tristeza na aspecto do primo.<br />
---- Sim, primo. Estou cansado e com sono. ----<br />
explicou, indo em direcção à porta do seu quarto.<br />
---- Este rapaz, tem algum problema. ---- segredou<br />
o primo à esposa.<br />
Entretanto, após a transmissão daquela histórica<br />
notícia, muitos saíram à rua para lavarem os seus rostos<br />
com a brisa vinda do mar. E com este e aquele e<br />
aqueleoutro vizinho, formavam grupos de conversar e<br />
discutir o assunto da troca da moeda.<br />
Zito estava cansado. Realmente estava cansado, mas<br />
nem por isso o sono lhe acontecia. Todos os átomos do seu<br />
corpo e da sua alma, estavam acordados. Entre os olhos e<br />
as mãos, havia uma maçã-de-Adão, quente e dilatada.<br />
Cautelosamente, Zito abriu o forno do fogão retirando<br />
daí os dois garrafões que continham o dinheiro acumulado<br />
durante quase quatro anos, fruto de muito sacrifício,<br />
risco, fome, sede e calor e frio, sofridos por ele e por<br />
todos quantos lhe haviam dado a guardar, comida,<br />
calçados, peças de automóveis, dinheiro, fogões,<br />
geleiras, arcas, o catre e o armário hipotecados à dona<br />
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