o economista
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—— Informem-se, por favor! —— disse a que se<br />
aproximara, apoiando os cotovelos no balcão, enquanto com<br />
uma lima na mão esquerda, aparava as unhas da direita.<br />
O Interino reparando pela não destreza da<br />
catalogadora, pensou com os seus botões: ―o mano Kizua<br />
ndeve morer‖. Foi Dosolho quem começou a informar:<br />
—— Temos aqui um doente...<br />
—— O nome? Quando é que deu entrada? —— interrogou<br />
ela altiva e com ares desprezíveis.<br />
Sentada no sofá, a outra jovem continuou<br />
conversando, indiferente ao que se passava no balcão:<br />
—— E onde é que logo à noite vamos ver a novela,<br />
se aqui não há energia?<br />
—— Kizua! Mano Kizua! —— disse o Interino,<br />
emendando.<br />
—— O quê?! Mano Kizua?!... —— espantou-se a<br />
catalogadora —— Isso é nome de pessoa?! Ha! ha!, ha! ——<br />
pôs-se ela a rir. E respondendo à outra:<br />
—— Vamos ver no Kapolo, lá tem gerador.<br />
Depois, olhando mais atentamente para a dupla à<br />
sua frente:<br />
—— Kizua quê? Digam qual é o nome e qual é o<br />
apelido, senhores! —— gritou ela.<br />
—— Kizua Mateus, mana —— disse o Interino, como<br />
que a pedir esmolas.<br />
—— E quem é que vai ficar aqui? —— perguntou a que<br />
estava atendendo, enquanto com a ponta da lima procurava<br />
o nome numa lista aí ao lado.<br />
—— Ficare comoé? —— perguntou Das Fitas, perplexo.<br />
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