o economista
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Fechada a transacção, Das Fitas deu algumas<br />
instruções, deixou outras tantas recomendações e, na<br />
companhia de Dosolho pôs-se logo à caminho do bairro<br />
Palanca, onde ficava o Sanatório. Um táxi que saia do<br />
mercado dos Kwanzas, pô-los imediatamente em frente do<br />
portão do hospital.<br />
O capim alto ao redor do edifício de quatro pisos,<br />
e os charcos de água das primeiras chuvas desse ano,<br />
chamaram logo a atenção do Interino.<br />
——Antão aqui també tem lá nguera? —— perguntou ele<br />
em tom de zombaria.<br />
—— Por quê que faz essa pergunta, kota?<br />
—— Olha só o capinho mbé arto, as lagoa ndo água<br />
cu musquito, os sapo a ngritare...<br />
—— O que é que isso tem, kota?<br />
—— Um spitare onde tem lá jiduente fica ansi<br />
parece é mata?...<br />
—— Hã!... —— exclamou Dosolho, entendendo já o<br />
sentido das palavras do Interino —— Aqui, se você vem com<br />
tubú, kota, você sai com katolotolo!...<br />
Dirigiram-se à recepção, onde do outro lado do<br />
balcão duas jovens de batas brancas não responderam ao<br />
cumprimento deles, tão empolgadas estavam na conversa<br />
sobre a novela que a televisão passava à noite.<br />
—— E você pensa que a malaique é que vai ficar com<br />
o retratista? —— dizia uma, aproximando-se para atendêlos.<br />
—— Se ela não ficar com o retratista aquela besta<br />
também não vai ficar! —— dizia a outra, sentada com as<br />
pernas cruzadas num sofá cujas espumas dos braços<br />
carcomidas pelo uso, deixavam mostrar as madeiras do seu<br />
esqueleto.<br />
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