o economista
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pé no meio dos dois que já possuía. Sim, para estar mais<br />
à-vontade e não precisar de estar com aquela confusão de<br />
se enganar nos pedais. Assim, cada pedal teria o seu pé.<br />
Mas, mesmo não sendo trípode, a vida já lhe ia correndo<br />
bem.<br />
Ai-ué!... A estrada da Corimba lhe recordava aqueles<br />
tempos-Juca, aqueles tempos-Catambor, Bom-Escape,<br />
Portugália. Ai-ué! Ai-ué mana Esperançaee! Aqueles vinte<br />
escudos mensais de lhe lavar e engomar a roupa. Ai-ué<br />
Gamaee, ai-ué dona Evitaee, aqueles peixes fritos que lhe<br />
fiava. Ai-ué...<br />
---- Mano então, aqui tem lá mais radare hanga nhinhi?<br />
---- indagava aflita, uma das senhoras.<br />
---- Tem. Tem radar, mana. Radar graande!... ----<br />
explicou o motorista.<br />
E passado algum tempo, lá chegaram ao local dos<br />
pescadores, que é aonde afinal as senhoras queriam<br />
chegar.<br />
---- Mano ntão, quanto é? ---- perguntava uma delas.<br />
---- Mana já sabe, é quinhentos kwanzas cada cabeça.<br />
Ou também querem pagar as caixas vazias?<br />
O motorista, afinal não era lá tão má pessoa...<br />
---- Pode nos esperar até comprarmos, mano? ----<br />
queria saber uma delas.<br />
---- Se não demorarem...<br />
Mas, qual lá! Logo que apareceu uma dikota a lhe<br />
suplicar transporte João Adérito disse ―aqui é quem chega<br />
primeiro‖. Pôs o Isuzu em funcionamento e...<br />
---- Para onde vão? ---- perguntou o motorista aos<br />
demais que haviam surgido.<br />
---- Ajuda Marido, mano. ---- explicaram os demais.<br />
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