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o economista

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—— ... E despoje procuramojo ainda tudo o praça,<br />

mas nada! —— informava a mana Maria.<br />

—— E depoje? —— perguntou o marido.<br />

—— Haka! Despoje maje comoé? —— interpelava-se a<br />

primeira mulher, já aborrecida.<br />

—— Antão num foram nos quadra ndo purícia ni nada?<br />

—— Ir nos quadra comoé, se a negóxio era ndo<br />

kapuka?! —— interrogou mana Anita.<br />

—— Pôras! Antão as purícia num mbebe kaproto? As<br />

purícia num é esse tudo os dia custuma vire aqui mbebere<br />

o kapuka, mbebere o kimbombo? Não é as purícia que queria<br />

receber os garrafãos? Comoé agoras num ajuda o povo?! ——<br />

interrogava-se Das Fitas já no auge do seu aborrecimento.<br />

Depois de alguns minutos de silêncio, como se o<br />

diabo tivesse passado dentro do quarto aonde se<br />

encontravam, o marido prosseguiu, em songo:<br />

—— Sabem duma coisa?... A dona da casa esteve cá e<br />

disse que vai precisar da casa.<br />

—— O quêê!!! —— exclamaram as duas ao mesmo tempo.<br />

—— Sim. Vai precisar da casa; temos só mais um mês<br />

para ficar aqui.<br />

—— Mas, porquê então?! —— interrogou mana Maria.<br />

—— Parece que o filho dela engravidou uma miúda e<br />

terão de vir cá morar.<br />

—— Possa! Aqui em Luanda afinal é assim? ——<br />

perguntou mana Anita<br />

—— Mas não podias lhe perguntar se não dá para<br />

arranjarem outra casa e com o dinheiro desta pagarem as<br />

rendas da outra? —— perguntava a primeira mulher.<br />

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