15.04.2013 Views

o economista

o economista

o economista

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

da casa do Bairro dos Ossos, pelas rendas de dois meses,<br />

que Zito não se desafiara a pagar. Sofridos por ele por<br />

todos quanto ele tratou enquanto quimbanda.<br />

Zito, após ter-se certificado de que a porta do<br />

quarto encontrava-se realmente bem fechada, derramou na<br />

sua cama o conteúdo dos dois garrafões. E ficou até<br />

madrugada dentro, arrumando os seus escudos…<br />

Nunca havia sonhado com os pais, desde que estes<br />

haviam morrido, nem sequer com os irmãos, em<br />

Ndalatando. Nessa noite, sonhou com o Mestre Coelho…<br />

A manhã de sábado, estava bastante movimentada. Das<br />

ruelas e dos becos, vinham jovens e velhos desaguar na<br />

rua principal, em direcção à Comissão do Bairro, onde<br />

encontrava-se montado um posto de troca. Nesse dia<br />

ninguém iria trabalhar.<br />

Só depois de muito meditar, pensar, alambicar e<br />

repensar, é que Zito decidiu abrir-se ao primo. Chamou<br />

este ao seu quarto, e logo declarou:<br />

---- Tenho cá um grande problema, primo…<br />

---- Problema?!… ---- interrompeu o primo,<br />

espantado.<br />

---- Está aí, primo. ---- disse Zito, destapando o<br />

lençol sobre os montes de dinheiro espalhados na cama.<br />

---- O quê??!<br />

O berro do primo, arrancou a esposa que se<br />

encontrava no quarto de banho, aproximando-se da porta<br />

do quarto de Zito.<br />

---- O que é que se passa, ò Simões?! ----<br />

perguntava a mulher, entrando para o quarto. Ao reparar<br />

no que havia na cama, o coração quase que lhe saiu do<br />

lugar. Os três entreolhavam-se, como se intimamente se<br />

perguntassem ―e agora?‖…<br />

---- Agora, temos que contar, primo.<br />

113

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!