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o economista

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---- Todo! ---- exclamou o primo, electrizado pela<br />

quantidade de escudos.<br />

---- Todo sim, mas podem tirar o cavalinho da chuva<br />

que nem tudo isso aí será trocado. ---- dizia a esposa,<br />

ainda estupefacta pelo que se lhe deparava.<br />

Entretanto, passados os dois dias previstos para a<br />

troca, conseguiu-se apenas trocar metade das centenas<br />

de milhares de escudos, que Zito havia acumulado. Tudo<br />

graças à perspicácia e à inteligência da mulher do<br />

primo. Foram, deveras, dois dias de uma tempestade<br />

nunca antes verificada no país, após a qual, e tal como<br />

após qualquer uma, começou-se a respirar um novo<br />

oxigénio, a viver-se sob uma brisa mais suave.<br />

Encontravam-se os dois primos à mesa, conversando.<br />

----…É preciso esquecer essas coisas, Jenito ----<br />

dizia o primo, vendo Zito muito pensativo ---- A vida é<br />

mesmo assim.<br />

----É verdade primo…<br />

----Por isso ----prosseguia o outro ---- doravante<br />

é preciso encarar as coisas como homem. Economizar sim<br />

mas no banco, primo. É melhor estar prevenido primo!<br />

Aqui ainda vão acontecer muitas coisas, muitas, primo!<br />

Muitas! Muitas!…<br />

« Esse muadié deve estar bêbado » ---- pensou Zito.<br />

E abrandando um pouco mais a voz, o primo<br />

prosseguiria:<br />

---- Uma revolução traz sempre outras revoluções<br />

atrás de si, primo. Por isso não se pode pensar que<br />

esta troca é a única. Já…<br />

Zito sobressaltou-se:<br />

---- Então, quer dizer…<br />

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