o economista

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—— Pangare os renda, nojo estamojo pangare, —— dizia mana Maria —— quaré a male antão que agente fiz? —— Aqueres fírio ndela parece jimundele é que vai ceitar morare aqui?! —— interrogava-se a segunda mulher. Ante a indiferença das mulheres, Das Fitas ficou um tanto admirado, mas dissimulou tudo isso para mostrar que ele, sendo ainda um homem capaz, não estava susceptibilizado nem se importando pelo logro e pela desonestidade da dona Bia. Enquanto tivesse mãos e pernas e saúde, sabia por demais como fazer frente às intempéries do tempo e da vida. Nem elas se importaram ou se sentiram magoadas, porque razão havia de ser ele, um homem, a choramingar, a ter que rebaixar-se ao senhorio de uma cabana de latas ―feto mbora tuto atoamente!‖ —— assim pensava ele. E como prova de tudo, estava ali a sua casa de dois quartos e uma sala, maiores que os da cabana da dona Bia. Todavia, com o passar dos dias, Das Fitas foi se apercebendo que a clientela, sobretudo durante o dia, tinha reduzido ainda mais. A preferência da clientela ia mais para o kaporroto, alegando que assim era, em virtude da estação de cacimbo que nessa altura estavam atravessando. Mas essa desculpa era travada pelo epiglote de Das Fitas, porquanto ele era da opinião, também endossada pelo kota Pelargon, pelo Lúmpen, e pelo Capriquito, embora considerasse que fossem talvez endossos característico de aduladores e de chulos, de que essa maré baixa de clientes, era devido ao golpe baixo de marketing, principalmente no que tocava ao tratamento da imagem e outros feitiços kamundongos, operados pela ―mbruxa nda ndona Bia‖. —— Aquelas duas sulanas é que são as culpadas, kota! —— dizia o Pelargon —— Só as kinamas, só os pacote, kota, aquelas miúdas parece têm feitiço!... 51
—— Se até aquele kota que gosta bué de finar o português e mais o kota Café, agora só param já lá... —— acrescentou o Capriquito. —— Aí-é?! —— exclamou Das Fitas, oferecendo um cálice mais de kapuka à cada um dos três. —— Até na mbôa Madó, esses dias também está fraco! —— disse o Lúmpen, bebendo um gole do copo que tinha na mão. —— Todos os clientes estão ir mbora na mbôa Bia... —— E tem mais, kota, —— dizia o Pelargon —— o que está a fazer muitos muadiês irem lá, é também a música!... Fitas. —— Ah!, també té lá mújica?! —— espantava-se Das —— E também já cimentaram o quintal! —— acrescentou o Lúmpen. —— Pôra, aquere invejosa va nganhare muito dinhero. Caté meteu lá jiputa pra chamar as criente... —— disse Das Fitas, desolado. Face à concorrência de dona Bia, Das Fitas planeava também comprar um gravador, mandar cimentar o quintal, já então levantado, e, —— levou tempo a se convencer, arranjar mesmo duas jovens ―també bonito, e cus rabo que mano Pelargon falou‖, de preferência massongos, para passarem a atender a bebida. Levando o dossiê de tal plano para a aprovação dos restantes membros do Conselho Consultivo, estes imediatamente reagiram: —— Quar quê??!! —— espantava-se a mana Maria —— meter no casa jibandida pra tender o bebidas?!! Vucê tás maruco ou antão mbembeste? —— Se ere ndona Mbia meteu lá jimulhere, antão nojo també sámojo jimulhere, nojo també pode tender jicriente! —— disse por sua vez a segunda mulher. 52
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gestos e gritos, tornavam-se cada v
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que se levantasse. Aproximou-se del
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A sogra do primo piorara. A prima f
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Eduardo continuou calado e algo dis
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nem sequer piscara. Ainda foi a tem
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Iria haver outra?... Rangel, 13 de
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eBook Angola A livraria virtual de
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