o economista
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Daí, os três meterem-se logo a barafundar o quintal<br />
todo, a casa toda, do norte ao sul, do este ao oeste,<br />
desmontando capoeiras, desandando pocilgas, cavando até<br />
mesmo o solo e o subsolo do solo e do tecto daquela casa.<br />
Só as estrelas testemunhavam gratuitamente aquele<br />
filme.<br />
E a cena prosseguia. O senhor Zé, o primogénitoparido<br />
e o irmão do senhor Zé, a protagonizarem sozinhos,<br />
mais uma cena familiar. Era um ―três contra todos‖ ao<br />
vivo.<br />
Mas eis que de repente vem à cabeça do senhor Zé<br />
cheirar o focinho da cadela Violeta, muito sossegadinha<br />
ante todo aquele exaltar de ânimos.<br />
---- Filha da puta! ---- bombardeou o Sr. Zé.<br />
Afinal o churrasco estava na pança da cadela?!...<br />
E foi nessa mesma pança que o senhor Zé começou por<br />
descarregar todo o seu quicoto, contra a desaparecimento<br />
físico do churrasco, tão enjindungado, tão sei lá… dando<br />
nela socos e pontapés de febre amarela, para logo de<br />
seguida ---- arrumada K.O. a cadela da cadela Violeta, --<br />
-- partir a cabeça do seu primogénito-parido, com dois<br />
coconotes bem grávidos de fúria, de raiva e desgraça, na<br />
desgraça daquela sua vida.<br />
---- Merda! Agora vão lá comer aquela merda! ----<br />
decretava o senhor Zé, ainda enfatuado de raiva.<br />
Mas ele também, não podendo fazer greve de fome, foi<br />
igualmente comer aquela merda.<br />
Mas, porra, que dessem mãos aos cães e lá a cadela<br />
Violeta, estou seguro, faria também os seus churrascos.<br />
Só tinha direito a ossos?<br />
Mas, nem aos ossos teria direito, é sabido. Porque o<br />
irmão do senhor Zé e o primogénito parido, mastigavam e<br />
engoliam todos os ossos que fossem aos seus dentes, e o<br />
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