o economista

Embora o mbongue ter-se formado espontaneamente,
depois que o negócio se tornou rentável e concorrido até
ao ponto já então atingido, foram concomitante e
livremente surgindo regras e regulamentos tidos e achados
por consenso geral como necessários e indispensáveis
tanto à boa convivência dos grupos quanto ao rendimento
dos seus negócios.
Entretanto, alguns dias depois de Das Fitas ter
iniciado a trabalhar, Kizua caiu doente, pois havia já
algum tempo que se vinha queixando de dores no tórax, e
para o seu lugar deixou interinamente Das Fitas, quem
embora novato, era todavia o elemento mais velho do
grupo, logo a seguir ao man-Kizua, e o da maior confiança
deste.
Num desses dias em que Das Fitas era quase sempre
o primeiro a chegar no mbongue, encontrou sentado e à sua
espera um jovem que aparentava andar à volta dos dezoito
ou vinte anos.
A manhã era então ainda uma criança, embora a rua
do Rei estivesse já bem movimentada com aquela azáfama de
viaturas e de pessoas que já lhe era peculiar.
Das Fitas ia aproximando-se da tenda de trabalho,
e ao vê-lo o jovem pôs-se de pé, cumprimentando-o:
—— Bom dia, mano Zé!
Das Fitas chegou até ele e estendeu-lhe a mão
direita, não obstante a sua perplexidade por não saber de
quem se tratava, porquanto não era habitual àquela hora
aparecerem já clientes lá no mbongue.
saúde?
—— Mbo ndia, mano! —— respondeu ele —— Antão o
—— A minha saúde está mais ou menos —— respondeu o
jovem já em songo, para maior espanto e alegria de Das
Fitas ——- Apenas o mano Kizua é que ontem à noite tivemos
de lhe levar ao hospital do Sanatório...
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