o economista
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—— Lhe levaram ao hospital?!!<br />
—— Sim, ontem à noite —— prosseguia o jovem,<br />
mostrando-se um pouco impaciente e ao mesmo tempo ansioso<br />
—— Assim ele me mandou vir no mano buscar duzentos<br />
dólares para entregar lá no hospital...<br />
—— Duzentos?! —— admirou-se Das Fitas —— e as<br />
mulheres dele, onde é que estão...<br />
—— A mana Joana dormiu lá no hospital e a mana<br />
Antonica é que veio dormir em casa, por causa das<br />
crianças, mas assim mesmo já deve estar à caminho do<br />
hospital, conforme combinamos.<br />
Ante a gravidade da situação, Das Fitas pensou em<br />
deslocar-se ao hospital para ver o seu primo, e ser ele<br />
próprio a levar o dinheiro, mas recordando-se pouco<br />
depois que nessa manhã haveria de fazer a entrega de uma<br />
encomenda de cem cadeiras que iriam nesse mesmo dia para<br />
o Cafunfo, não teve outra saída, senão a de ter que<br />
atender ao enviado do primo e a de ele mais tarde,<br />
fechado o negócio, dar um pulo até ao hospital tido como<br />
dos tuberculosos.<br />
—— E ere nu mandou ni escrita ni nada?!...<br />
O jovem, algo preocupado, esboçou um sorriso<br />
forçado e respondeu depois:<br />
—— Se ele está muito grave, mano, como é que havia<br />
então de escrever?!<br />
—— Mas está mesmo mal, mal?! —— perguntou Das<br />
Fitas, em songo.<br />
—— Não estão aceitar lhe internar por falta de<br />
dinheiro...<br />
—— Tem razão, tem razão —— dizia Das Fitas,<br />
batendo com a mão esquerda na cabeça, enquanto com a<br />
direita sacava a carteira enfiada num dos bolsos<br />
traseiros da calça.<br />
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