o economista

Somava e seguia. Mas, até aonde iria ele?… Para algum
lado, evidentemente. E por isso, ia para qualquer lado…
A Mulemba, terra de Ngola, era uma zona industrial
com grandes fábricas a chamarem por ele. Mas as
constantes insistências do velho Kaxika à volta da sua
mão-de-obra, acabaram por convencê-lo.
Na Mabor, o nome de Zito era guloseima na boca da
vizinhança. O prestígio que vinha perdendo por parte
daquela, acabou por consumar-se com a sua fuga. Muitos
clientes que apareciam na antiga casa, transtornados pela
sua fuga sem adeus nem recado, queriam retirar mais do
que lá haviam colocado.
Enquanto isso, a dona da casa, não menos lesada pelo
facto, discutia com os ex-ajudantes de Zito, o destino da
oficina. A senhora reclamava para si a propriedade da
casa e consequentemente, tudo quanto lá estivesse, fosse
de quem fosse, porque ―durante um ano, apenas me pagou a
renda de um mês‖…
No fundo, o que ela queria era lundular, herdar a
tabuleta e o seu significado de Zito, que os ex-ajudantes
reclamavam para si. Porém, ela, com filhos e afilhados
uniformizados e com coldres nas cinturas, acabou por
esmagar a rebeldia dos frangotes.
Na Mulemba, Zito estava à-vontade. No velho Kaxika,
quimbandeiro com monumento por erguer, apareciam pessoas
e deuses de qualquer índole, linhagem, raça ou
nacionalidade. Era difícil saber o que havia na base da
sua personalidade, para fundamentar-se a versatilidade de
Zito. Não se importava em nada com o que era, fora ou
deveria ser. Se o povo ladrasse ou deixasse de ladrar,
não era ele mesmo o povo, quem dizia que uma coisa não
tinha nada a ver com outra? Parecia ser um esquizóide.
Mas então, e o seu tipo atlético? E a sua musculatura?…
Estremecia os postulados dos homens. Talvez fosse um
deus…
Mestre Coelho, lhe dissera certa vez, que para
singrar na vida, um homem deve aprender tudo. Estavam a
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