o economista
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a mana Anita estavam demorando lá no Roque? Será que<br />
foram atropeladas, elas que ainda não sabem atravessar<br />
bem as estradas? Será que se perderam nesses becos aí do<br />
Sambila? Será que...<br />
... Eram muitas as preocupações de Das Fitas. Nem<br />
mesmo as conversas dos clientes, que tinham sempre o<br />
condão de lhe distrair, puderam nessa altura lhe amainar<br />
a alma.<br />
—— Desde manhã que estou a ver o kota um pouco<br />
triste, o que é que se passa? —— perguntou um dos<br />
clientes.<br />
—— Triste num é. Estou mbora só pensar nos mana,<br />
desde manhã cedo que foram lá no Roque, caté aqui nada...<br />
—— Hã!... Não se preocupe, hoje como é sábado o<br />
mercado fica muito cheio...<br />
—— Afinare?! —— exclamou Das Fitas, como que a<br />
sossegar um pouco pela dica recebida.<br />
Um outro cliente ao lado, aproveitou o ensejo<br />
pondo também a sua colher na conversa:<br />
—— Sábado no Roque Santeiro, é o dia de maior<br />
dikomba! Todo o mundo lá faz dikomba!<br />
—— Tudo mundo, comoé? —— interrogou Das Fitas,<br />
ansioso.<br />
—— Quer dizer: como o mercado fica muito cheio,<br />
porque é o dia em que a maior parte das pessoas tem tempo<br />
para fazer as suas compras, então há mais gente no<br />
mercado, há mais vendas, mas também... —— fez uma<br />
pequenina pausa, criando mais suspense —— ... há mais<br />
roubos!<br />
Ouvindo isso, Das Fitas voltou ao seu estado<br />
emocional anterior, mas indiferente ao que lhe ia na<br />
alma, ou no semblante, a grande parte da clientela<br />
prosseguia bebendo e conversando, não faltando aqui e<br />
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