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o economista

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nunca o velho comerciante lhe tinha dito que tudo<br />

mudasse. Deveria o Coelho viver um pouquinho mais e<br />

logo saberia que afinal tudo muda. O primo, este não<br />

precisou de aguardar por muito tempo, para lembrar a<br />

Zito que tudo mudava…<br />

Na primeira sexta-feira que passou na Boavista,<br />

teve uma manhã metaforicamente calma, com banhos de<br />

praia e de sol, seguidos de uma tarde cheia de leitura<br />

e de música. A noite foi acontecendo calmamente.<br />

Serenamente. Sem miragens… A noite veio devagar,<br />

devagarinho, tal como viria a notícia.<br />

Encontravam-se à mesa, a esposa do primo, o primo,<br />

e Zito. Conjugavam o gerúndio do jantar. Do rádio vinha<br />

música suave. Entretidos na conversa, não deram pela<br />

introdução da notícia. Mas, pouco depois, a esposa do<br />

primo chamaria a atenção de todos.<br />

---- Escutem!<br />

E escutaram. Atentamente. Silenciosamente.<br />

---- Tudo muda, Jenito. ---- disse o primo, como<br />

que segredando.<br />

---- O quê?---- interrogou Zito.<br />

---- Isso que há dias te disse e agora podes<br />

confirmar…<br />

---- Não percebo. O que é que o primo quer dizer?<br />

No auge da alegria, o primo quase gritou.<br />

---- Que tudo muda, primo! Vamos trocar o dinheiro,<br />

nova Angola, novo ano, novo dinheiro!…<br />

Zito continuava sem perceber nada. A mulher do<br />

primo quis explicá-lo, mas de imediato Zito perguntou<br />

ao marido.<br />

---- Mas antigamente, também não trocavam o<br />

dinheiro, primo? Vinha sempre dinheiro novo?<br />

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