o economista
o economista
o economista
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
casa, Marisa dirigiu-se imediatamente ao quarto de banho.<br />
Tinham chegado as regras.<br />
«----Meu Deus! Preciso me cuidar…» ---- pensou ela<br />
Entretanto, o relacionamento entre Marisa e Alice<br />
começara a deteriorar-se, pois esta pouco se simpatizava<br />
com o namorado da prima, ao contrário do que parecera na<br />
noite em que se conheceram.<br />
Para Zito, tal ia se evidenciando no facto de<br />
Alice virar a cara para o outro lado, quando por acaso se<br />
encontrassem na rua; nunca lhe dirigir a palavra quando<br />
os três estivessem juntos e responder-lhe quase com<br />
desdém nas vezes em que ia a procura de Marisa.<br />
---- Não sei quando é que hás de dar conta que esse<br />
rapaz não te fará feliz, São ---- dizia Alice.<br />
---- É uma questão de tempo, tá bem Alice? E ademais<br />
não é minha preocupação imediata saber se ele me fará<br />
feliz ou não. Já te perguntaste se também eu porventura<br />
lhe farei feliz?<br />
---- Não te armes em parva, é ele o homem:<br />
---- Pois! Nisso é que te enganas ----dizia a Marisa -<br />
--- Para já podes estar bem descansada comigo e com ele.<br />
Nós nos amamos, Alice. Por favor, tente compreender<br />
isso...<br />
Mas Alice dava poucas mostras de compreender<br />
aquilo. Talvez tenha compreendido alguma coisa, quando em<br />
casa deram pela gravidez de Marisa.<br />
O pai ficou fulo. Na samba, a mulher com quem já<br />
não vivia, declinou todas as culpas a ele. Em casa, o<br />
clima era de tensão.<br />
O facto, impossível de continuar ali fechado,<br />
resolveu dar uma volta pela vizinhança, tamanha era a<br />
secura das bocas ditas azuis.<br />
125