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o economista

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Os rapazes entreolharam-se, murmuraram entre si<br />

qualquer coisa, mas continuaram com o mesmo passo que<br />

traziam. Quando iam justamente a passar em frente dos<br />

agentes, um destes manipulou a AKA, ao que se seguiu a<br />

paragem dos rapazes.<br />

——O senhor polícia não tem maneiras de mandar<br />

parar as pessoas? —— perguntou em voz alta e destemida um<br />

dos rapazes.<br />

O polícia reparando bem para o aspecto físico dos<br />

rapazes, respondeu, em tom menos arrogante:<br />

—— Não tive nenhuma falta de maneiras, apenas<br />

mandei-vos parar.<br />

—— O senhor nem cumprimenta, nem nada, é só dizer<br />

«aí, os dois cidadãos!», como se só isso bastasse? ——<br />

indagou o outro jovem.<br />

Enquanto o clima à volta dos polícias e dos dois<br />

rapazes ia subindo de tom, no interior do beco, as<br />

pessoas parecendo animar-se com a cena, aumentavam<br />

igualmente o tom do que murmuravam:<br />

—— Não se deixem, são polícias gatunos!<br />

—— Éh! Nos meteram aqui no beco, pra quê? Temos<br />

que ir fazer as nossas vidas!<br />

—— Estão a nos pedir dinheiro, são polícias<br />

bandidos!<br />

Dir-se-ia que uma parte, a dos rapazes, estava<br />

dando ânimos de rebeldia à outra e vice-versa. Os dois<br />

rapazes tendo se identificado como militares, recusavamse<br />

entretanto, a declarar ou a mostrar o que havia dentro<br />

das sacolas.<br />

—— Nós aqui não vamos abrir sacola nenhuma! ——<br />

dizia um dos rapazes.<br />

—— Se quiserem, podemos ir até à esquadra! ——<br />

dizia o outro.<br />

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