o economista

---- Edu... Edu... ----fingia rebuscá-lo mentalmente,
mas teve de anuir ---- Ah, Edu! Possas, estás mais gordo!
Estás muito modificado!
E lá ficaram trocando recordações dos tempos idos.
Entretanto, Marisa aparentemente indiferente ao que
ouvira, entrou para casa um tanto apreensiva, sem que
Zito denotasse esse pormenor.
«----Zito!... O tal senhor que me havia tratado,
chamava-se Mestre Zito! Sim, Mestre Zito, é mesmo assim
que lhe chamavam. É tal e qual o Jenito! Será pura
coincidência? Meu Deus, será que o Jenito era esse Mestre
Zito? Será?!... Mas aquele, era já um velho...»...
---- Não sabia que também te chamassem por Zito ----
atirou-lhe ela mal deu entrada na sala.
Indo sentar-se junto dela, calmamente perguntou:
---- Que Zito?! Ele confundia-me sempre com um primo
meu chamado Zito, aliás, trocava sempre os nossos nomes,
e assim ficou.
Após a retirada de Zito, Alice chamou Marisa para o
quarto que ambas compartilhavam. Com uma seriedade que
havia tempo não encontrava na prima, escutou
silenciosamente tudo quanto ouvira de Eduardo, a respeito
dos pretéritos perfeitos, imperfeitos, mais que perfeitos
e mais que imperfeitos da pessoa de Zito.
Marisa ficou simplesmente pálida e exangue.
«----Quimbandeiro??! ... Meu Deus!!! Então ele é
aquele velho que me havia tratado?! Estou criando dentro
de mim o filho dele... desse... desse quimbandeiro??!
Serei mulher desse indivíduo?!...»...
Não pôde aguentar mais. As lágrimas que desde a sua
alma começaram a correr, transbordaram para fora dos seus
olhos. Olhos bonitos. Os mesmos olhos que havia cerca de
três anos tinham visto aquele jovem, aquele jovem cujo
primeiro rebento levava dentro de si. Quimbandeiro... Não
era, não podia ser verdade...
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