o economista

clientes foram aos poucos frequentando menos a casa
―daquelas duas bailundas, bandidas e chuladoras‖, como
depois veio a considerar o kota Pelargon, preferindo a
casa de Jingongo onde ―aparecem lá umas catorzinhas bué
fixes!‖
——Não vale a pena só irem na mboa Bia! —— sugeria
o Pelargon à alguns clientes que junto dele bebiam.
—— Mas por quê então, kota Pelargon? —— perguntava
um cliente.
—— Aquelas damas que estão lá, aquelas BBC me
deram cabo, elas me deram cabo!... —— lamentava Pelargon,
já meio embriagado.
E Jingongo foi segurando o negócio, enquanto mana
Maria zungava peixe, mana Anita continuava a fritar bombó
mesmo ali à berma da rua do Rei, não muito distante do
pequeno largo onde Das Fitas tinha começado a trabalhar,
como ajudante de enfitador.
No seu primeiro dia de trabalho, veio à memória
de Das fitas, a primeira vez em que havia chegado até
ali, nesse mesmo ponto em que era já o seu mbongue, um
terreno baldio aonde agora mulheres, crianças, rapazes,
jovens e adultos, passavam o dia a trabalhar e à vender.
Tudo ali ia desembocar essencialmente na produção
artesanal e na venda de cadeiras de fitas e de material
sobressalente. Duas serralharias de proprietários
diferentes também aí localizadas eram as principais
fornecedoras dos esqueletos das cadeiras, enquanto que as
duas fábricas de produtos de plástico instaladas próximo
do local, eram as fornecedoras das fitas e de outros
acessórios que fossem necessários ao apetrechamento das
cadeiras.
Numa altura em que era escassa e cara a produção
de mobiliário doméstico no país, muitos recorriam ali
para encherem o vazio das suas casas com um jogo de
quatro cadeiras de fitas. Era a mobília de sala mais
barata e ao alcance da maior parte dos bolsos. Mas havia
também muita gente que para lá se dirigia não para
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