o economista
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na saliência de um prego espetado na parte superior da<br />
porta, fixou um maço vazio de tabacos, sinal de que havia<br />
também cigarros à venda.<br />
E sem mais delongas, foram logo aparecendo os<br />
primeiros clientes do dia, um atrás do outro, como se<br />
estivessem andando em fila indiana.<br />
—— Bom dia, kota! Como é que passou a noite? ——-<br />
cumprimentou o primeiro cliente a transpor a porta.<br />
Antes mesmo de acabar de responder ao primeiro, já<br />
outros cumprimentos caiam sobre Das Fitas e a todos foi<br />
respondendo sempre com o rosto sorridente.<br />
—— Kota, ouvimos a fuma da tua kissara... —— dizia<br />
um dos primeiros clientes. —— O kota vai ver só como é<br />
que os minzangalas daqui chupam a kissara, vai ver!. Pra<br />
já, kota me reserva já aí um garrafão. A malta só bebe já<br />
garrafão, uma caneca, uma caneca nos dá muita maçada.<br />
—— Ai-é? —— indagou Das Fitas.<br />
—— É verdade, kota. —— e reparando no maço vazio<br />
de tabacos pendurado na parede, —— Também tem náite,<br />
kota?<br />
—— Sim, temos.<br />
O cliente passou em revista todos os bolsos que<br />
trazia e finalmente retirou de um deles uma caixa de<br />
fósforos e um maço vazio.<br />
outro.<br />
—— Kota, arranja só aí ―jogador‖ de dez.<br />
—— Me traz também de vinte, kota. —— aproveitou um<br />
Das Fitas foi para dentro, tendo regressado<br />
instantes depois com um maço de tabacos. Ao entregar os<br />
cigarros de dez novos kwanzas ao primeiro solicitante,<br />
este segredou-lhe:<br />
—— Kota tem de passar a vender também uns pexitos.<br />
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