o economista

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Das Fitas, foi logo para dentro de casa saindo de lá com dois cigarros, oferecendo um a cada um dos rapazes. —— Num se matam só puro causa ndu tabacos, minhas fírios.—— disse Das Fitas ao entregá-los os cigarros. —— Porra, nós estamos mesmo fodidos, —— dizia o kota Café —— Onde é que já se viu duas pessoas a quererem se bondar só por causa duma merda de jiguita, onde? Você não sabe se o outro é tuberculoso ou não. Só já o próprio tabaco já te faz mal, lhe acrescentas mais o micróbio do outro, como é que você fica?... —— O bacilo de Koch, kota.—— acrescentou um cliente, aparentemente com mais estudos e com ar mais sofisticado que os demais. —— Bacio de quê?! —— interrogou ainda um outro cliente, com aspecto de lúmpen. —— Bacilo de Koch. —— repetiu o Estudioso. —— Qual é bacio de cocó qual é quê! O que traz tubú, é a lucutina do tabaco, rapaz! —— dizia com muita autoridade o outro. —— A lucutina é um suco tipo lacatrão, tás a ver, que cola nos purmãos, tás a ver. Aquela merda começa a te chupar, a te chupar, e ficas bem escafebele, bem fininho, tipo musquito, tás a ver?... O outro, apenas estava quieto, a ouvir, sem qualquer possibilidade de ver as mentiras destoutro. Mas, reparando ao seu redor, achou que não podia deixar que aquele lúmpen lhe derrotasse logo ali à frente de todos. —— Estás a falar à toa! —— interrompeu ele. —— Estou a falar à toa, eu?! —— retorquiu, ofendido o outro, dando já sinais de enfurecimento. —— Pra já, você estudou até que classe?—— desafiou o Estudioso. 17
—— Porra, aqui ninguém está a falar de classes, como é então você, estás armado em mais estudante que os outros ou quê? —— Eu não estou armado em nada. Só estou a dizer que estás a falar à toa. —— insistiu o Estudioso. —— Mas também me perguntaste até que classe é que eu estudei, num perguntaste? Eu tenho a minha décimaterceira, tás a ouvir? Num pensas que eu não estudei, a merda da tropa é que fodeu a minha vida, tás a ouvir? Eu... —— Éééh, chega!!! Vamos parar já!!! —— decretou o kota Café, interrompendo o Lúmpen, que de imediato ficou calado. —— Vocês não podem manter uma conversa à vontade, sem se ofenderem? O tabaco traz sim tuberculose, mas também a diamba! —— prosseguia o kota Café, reparando que o Lúmpen baixara a cabeça ao pronunciar a última palavra. —— A nicotina da diamba é que é mais forte. Por isso, o diambeiro tem que papar bem, tomar muito leite. —— É verdade, kota. —— apoiava o Lúmpen, como que a disfarçar-se da carapuça atirada pelo kota Café. Nessa altura, o quintal pequeno que era, encontrava-se já quase cheio de clientes, jovens e adultos e velhos de ambos os sexos, cada qual com a cara mais machucada que a do outro, cada um com vestuário e calçado segundo a sua maneira e estilo, cada um com a sua personalidade, mas todos eles evidenciando o quão desgraçadas e tristes eram as suas vidas. Noutro canto do quintal, a conversa era outra: —— Você sabe o que é um comando? —— perguntava ao outro, um dos clientes que fisicamente aparentava ser ou ter já sido militar. —— Um comando, é todo o filho da puta, filho de pobre, filho de camponês, parido no musseque ou num quimbo lá qualquer do mato, que é arrancado da casa dos seus pais, ou do carinho da sua mulher, para ir entregar a puta da sua vida na puta duma bala, dum obus, ou duma mina qualquer lá da puta da frente de combate, ouviu? 18
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cuja raça não sabia, estavam ali.
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Zito estava completamente mudado. E
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A sogra do primo piorara. A prima f
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E passou a noite inteira a chorar,
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nem sequer piscara. Ainda foi a tem
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Iria haver outra?... Rangel, 13 de
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eBook Angola A livraria virtual de
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