o economista
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Entraram as quatro mulheres num quintal pejado de<br />
jovens e adultos das mais diversas idades, estilos e<br />
posições dos dois sexos. Na realidade, a casa era um<br />
círculo de vários quartos, um ao lado do outro e com um<br />
vasto quintal ao centro. Ao fundo, sob a sombra de uma<br />
lona suportada por quatro paus, estava uma mesa à volta<br />
da qual estavam sentados vários clientes.<br />
Atravessaram o quintal e foram estacar-se junto à<br />
mesa. As duas compradoras ajudaram as mulheres de Das<br />
Fitas a poisar as banheiras ao chão, tiraram<br />
imediatamente os garrafões das banheiras e, pedindo a<br />
ajuda de um cliente, uma das compradoras levou os quatro<br />
garrafões para o interior de um dos quartos.<br />
—— O dinheiro está debaixo do colchão! —— disse a<br />
que ficou junto das duas mulheres.<br />
Entretanto, enquanto aguardavam, as duas kimbetas<br />
de Das Fitas ficaram entretidas a reparar no modo como<br />
muitas moças e senhoras espalhadas pelo quintal<br />
encontravam-se vestidas.<br />
—— Estou a ver que esta é uma casa de prostitutas.<br />
—— segredou mana Anita, em songo, aos ouvidos de mana<br />
Maria.<br />
—— É mesmo! Não estás a ver os quartos e os casais<br />
a entrarem e a saírem?<br />
A atenção das duas kimbetas, foi seguidamente em<br />
direcção à conversa daqueles clientes que estavam<br />
sentados próximo delas.<br />
—— Não te dei a minha chuxuta de favor! Os meus<br />
filhos e os meus irmãos lá em casa, precisam de comer! ——<br />
dizia uma jovem muito bonita e bem vestida, a um rapaz<br />
alto e robusto sentado ao lado dela.<br />
—— Eu já custumo te avisar, Chili. Aqui não há<br />
kilapi! Quer foder?: cu no chão, dinheiro na mão! ——<br />
afirmava uma outra jovem muito mais bonita que a<br />
anterior, sentada ao outro extremo da mesa. —— Porra,<br />
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