17.04.2013 Views

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Em 1996, sob influência da OMS, ocorre no país a “Campanha <strong>de</strong> Eliminação da <strong>Hanseníase</strong>”<br />

com o foco na eliminação da doença “como problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>” (como dito, a redução dos<br />

casos para menos <strong>de</strong> 1/10.000 habitantes). A campanha é realizada sob o conceito <strong>de</strong> uma<br />

“ação pontual”, com foco na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> transmissão, eliminando as “fontes <strong>de</strong> infecção” por<br />

meio do diagnóstico e tratamento dos casos multibacilares, transmissores da doença e<br />

mantenedores do bacilo. Foi ressaltada a mobilização da comunida<strong>de</strong> na participação do<br />

programa <strong>de</strong> controle da hanseníase nas ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, utilizando-se novamente<br />

da divulgação <strong>de</strong> sintomas da doença em canais <strong>de</strong> televisão e rádio, e com resultados não<br />

homogêneos no país (CURI, 2002). Àquela altura iniciavam-se o Programa <strong>de</strong> Agentes<br />

Comunitários <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Programa Saú<strong>de</strong> da Família, mas ainda tímidos e sem a<br />

característica <strong>de</strong> “estratégias” <strong>de</strong> Estado.<br />

Em 2000, através do periódico “Informe da Atenção Básica número 3”, o MS informou a<br />

redução <strong>de</strong> 80% na taxa <strong>de</strong> prevalência entre 1991 e 1999, passando <strong>de</strong> 17,4/10.000 habitantes<br />

em 1991 para 3,6/10.000 habitantes em 1999. O documento reconheceu o papel privilegiado<br />

da Atenção Primária na erradicação da doença, mas admitiu que a meta para o ano 2000 não<br />

seria alcançada, por causa das altas taxas <strong>de</strong> prevalência e <strong>de</strong>tecção persistentes,<br />

principalmente nas regiões Norte, Nor<strong>de</strong>ste e <strong>Centro</strong>-Oeste. Até então, apenas os Estados do<br />

Rio Gran<strong>de</strong> do Sul e Santa Catarina haviam alcançado as taxas preconizadas pela OMS, e<br />

cinco outros Estados –Paraná, São Paulo, Distrito Fe<strong>de</strong>ral, Alagoas e Rio Gran<strong>de</strong> do Norte –<br />

estavam em vias <strong>de</strong> atingir a meta (BRASIL, 2000).<br />

Em 2005 o Brasil registraria uma taxa <strong>de</strong> prevalência <strong>de</strong> 1,7 pacientes por 10 mil habitantes,<br />

uma das maiores do mundo, ficando apenas atrás da Índia, com população quase seis vezes<br />

maior. Mas a queda expressiva no número <strong>de</strong> casos sugeria que a Atenção Primária brasileira<br />

po<strong>de</strong>ria dar a resposta a<strong>de</strong>quada ao problema da hanseníase (CUNHA, 2005)<br />

Em 2007, um novo Informe da Atenção Básica do MS apontaria cerca <strong>de</strong> 47 mil novos casos<br />

anuais <strong>de</strong> hanseníase, e ainda um parâmetro alto <strong>de</strong> en<strong>de</strong>micida<strong>de</strong> nas regiões Norte, Nor<strong>de</strong>ste<br />

e <strong>Centro</strong>-Oeste O país permanecia como o segundo país em números absolutos e o quinto em<br />

prevalência (BRASIL, 2007), mas agora em compania <strong>de</strong> novos países em via <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento, não mais a Índia.<br />

O processo para eliminar a doença se faz atualmente com campanhas <strong>de</strong> prevenção e<br />

tratamento da hanseníase em postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> públicos, <strong>de</strong>scentralizados e por meio <strong>de</strong> ações<br />

144

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!