Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...
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As sequelas <strong>de</strong> hanseníase mais freqüentes foram osteomusculares. Em 25 casos (78,1%), os<br />
pacientes tinham perda óssea, causada por amputação (n=11, 34,4%) ou reabsorção óssea em<br />
extremida<strong>de</strong>s (n=23, 71,9%). Foram relatadas <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s ósseas em 26 casos (81,2%),<br />
principalmente mãos e pés em garra, e anquilose das articulações. Mararose ciliar,<br />
<strong>de</strong>sabamento <strong>de</strong> asas nasais e cegueira foram as complicações não ostemusculares mais<br />
comuns.<br />
As comorbida<strong>de</strong>s registradas foram hipertensão (n=16, 50,0%), diabetes (n=3, 9,4%) e<br />
osteoporose (n=3, 9,4%). 18 pacientes (56,3%) tinham úlceras <strong>de</strong> membros inferiores.<br />
Caracterização dos Cuidadores<br />
Cuidadores eram em sua maioria mulheres (n=25, 78,1%), com gran<strong>de</strong> dispersão <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />
(média=49,06 anos; DP=16,08), variando entre 20 e 80 anos. Dos 32 cuidadores, 20 tinham<br />
algum grau <strong>de</strong> parentesco com o paciente, sendo oito filhos, sete conjuges, duas sobrinhas,<br />
uma irmã, uma nora e uma bisneta.<br />
Nove (28,1%) eram cuidadores profissionais e, <strong>de</strong>ntre os não-profissionais, 16 (50,0% da<br />
amostra total) não trabalhavam, <strong>de</strong>dicando-se exclusivamente ao paciente, contra sete (21,9%)<br />
que trabalhavam fora, além <strong>de</strong> cuidar.<br />
A maioria dos cuidadores exercia o cuidado diário em tempo integral (59,4%), e o faziam em<br />
média há 95 meses (DP=89,21 meses, variando entre 2-360 meses). Onze cuidadores eram<br />
remunerados pela ati<strong>vida</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar.<br />
Todos os cônjuges cuidadores exerciam o cuidado em tempo integral, assim como a maioria<br />
dos cuidadores que guardavam parentesco com o paciente. Por outro lado, dos nove<br />
cuidadores profissionais, apenas dois realizavam cuidados ao paciente em tempo integral.<br />
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