Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...
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originalmente por Hebert Freu<strong>de</strong>nberger em 1974 16 para <strong>de</strong>screver uma síndrome <strong>de</strong> exaustão,<br />
<strong>de</strong>silusão e isolamento em profissionais que atuavam com Saú<strong>de</strong> Mental, e progressivamente<br />
foi adotada para outras profissões (FREUDENBERGER 1989).<br />
FLORIANI & SCHRAMM (2006) <strong>de</strong>stacam que não encontram estudos sobre síndrome <strong>de</strong><br />
burnout e cuidador familiar oncológico, porém afirmam que “sua relevância já é bem<br />
conhecida entre os profissionais <strong>de</strong> oncologia e, em especial, no estudo dos cuidadores<br />
primários <strong>de</strong> pacientes com <strong>de</strong>mência”.<br />
Por outro lado, <strong>de</strong>vido à sobrecarga e ao ônus causados pelos cuidados especialmente ao idoso<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, têm-se <strong>de</strong>senvol<strong>vida</strong>s escalas que servem para avaliação do estresse do cuidador,<br />
além <strong>de</strong> serem utilizadas como referência para o planejamento <strong>de</strong> intervenções junto aos<br />
cuidadores mais sobrecarregados, principalmente quando submetidos o gran<strong>de</strong> estresse<br />
psíquico. (TAUB, ANDREOLI & BERTOLUTCCI, 2004)<br />
Se a sobrecarga do cuidado po<strong>de</strong> afetar as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, o conceito <strong>de</strong> auto-eficácia 17<br />
está relacionado a uma melhor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar. A presença <strong>de</strong> doença familiar por si já<br />
é <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> do cuidador, e a sobrecarga do ato <strong>de</strong> cuidar torna-o ainda<br />
mais vulnerável, embora para o paciente o cuidado pela (o) companheira (o) é preditor <strong>de</strong> uma<br />
melhor Qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vida. (AMENDOLA et al. 2008)<br />
TRENTINI et al. (2006) investigaram 27 pares <strong>de</strong> cuidadores-e-idosos quanto à <strong>qualida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong><br />
<strong>vida</strong> e <strong>de</strong>pressão sob a ótica da congruência <strong>de</strong> opiniões <strong>de</strong> cada binômio cuidador-paciente<br />
acerca da QV do paciente <strong>de</strong>monstrando uma tendência do cuidador perceber a QV do idoso<br />
<strong>de</strong> um modo pior do que o mesmo percebe.<br />
BARROSO et al. (2009) apontaram, a partir <strong>de</strong> uma análise univariada com regressão linear e<br />
análise multivariada, os fatores que influem para sua sobrecarga. Influíram características do<br />
próprio cuidador (trabalhar fora, horário e local do trabalho, receber ajuda e tipo <strong>de</strong> ajuda para<br />
cuidar do paciente, cuidar <strong>de</strong> outros doentes em casa e o sentimento <strong>de</strong> haver adoecido por<br />
cuidar), ações <strong>de</strong> enfrentamento do Cuidador (lazer em casa, número <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong><br />
enfrentamento, limitar o comportamento do paciente e crença religiosa), relacionamento com<br />
16 Sobre Burnout, sugere-se ver: Freu<strong>de</strong>nberger, Hebert J. An Overview of Burnout. In: Wessels Jr., Thomas et<br />
al.. Professional Burnout in Medicine and the helping professions. New York: Haworth Press, 1989. p. 1-20.<br />
17 O conceito <strong>de</strong> auto-eficácia faz parte do que se conhece como Teoria da Aprendizagem Social e foi proposto<br />
inicialmente por BANDURA: trata-se da “crença sobre a habilida<strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar com sucesso<br />
<strong>de</strong>terminadas tarefas ou comportamentos para produzir um resultado <strong>de</strong>sejável.” (BANDURA, 1993)<br />
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