Hanseníase: políticas públicas e qualidade de vida de - Centro de ...
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Bangla<strong>de</strong>sh, encontraram mulheres com pior autopercepção do domínio físico, comparada a<br />
homens. JOSEPH & RAO (1999) <strong>de</strong>monstraram que as hansenianas tiveram maiores escores<br />
<strong>de</strong> QV, mas sem significância estatística, em uma amostra da Índia, atribuindo-os a uma<br />
maior aceitação da doença <strong>de</strong>vido ao seu papel secundário na socieda<strong>de</strong> rural indiana. Outros<br />
estudos, não específicos <strong>de</strong> hanseníase, apontam que o gênero tem papel importante na QV:<br />
PEREIRA et al. (2006) <strong>de</strong>monstrou que o gênero feminino interferiu negativamente nos<br />
domínios físico, psíquico e ambiente <strong>de</strong> idosos. URZUA (2008) pontua que não há<br />
unanimida<strong>de</strong> entre os autores: alguns apontam que a QV reflete experiências subjetivas e<br />
objetivas da mulher, enquanto outros apontam simplesmente não haver influência. A<br />
distribuição <strong>de</strong> gênero em Santa Izabel, tanto para pacientes quanto para cuidadores, foi<br />
assimétrica, o que po<strong>de</strong> ter contribuído para não evi<strong>de</strong>nciar correlações significativas.<br />
A escolarida<strong>de</strong> tamtém não foi importante para a QV dos pacientes <strong>de</strong> Santa Izabel. HUGUET<br />
et al. (2009) <strong>de</strong>monstraram que a escolarida<strong>de</strong> esteve associada a melhores taxas <strong>de</strong> <strong>qualida<strong>de</strong></strong><br />
<strong>de</strong> <strong>vida</strong>. CHACHAMOVICH et al. (2007) <strong>de</strong>monstraram que a escolarida<strong>de</strong> foi um preditor<br />
<strong>de</strong> menores escores no domínio ambiente e maiores escores no domínio social. Nos pacientes<br />
da CSSI, 50% não tiveram escolarida<strong>de</strong> alguma, e <strong>de</strong>ntre os <strong>de</strong>mais, à exceção <strong>de</strong> um paciente<br />
com 13 anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, todos os <strong>de</strong>mais tiveram no máximo cinco anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>.<br />
Este nivelamento “por baixo” e com pouca variabilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser o responsável pela ausência<br />
<strong>de</strong> diferenças significativas.<br />
Por fim, a ida<strong>de</strong> do paciente também não teve qualquer correlação estatística com sua QV.<br />
SAVIANI-ZEOTI & PETEAN (2008) encontraram relação significativa entre a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pessoas com <strong>de</strong>ficiência e seus índices <strong>de</strong> satisfação no domínio físico e ambiente do<br />
WHOQoL-breve. HUGUET et al. (2009) relatam que mulheres mais velhas tratadas para o<br />
câncer <strong>de</strong> mama costumam ter mais resiliência, aceitando melhor a doença e seu tratamento,<br />
enquanto as jovens têm menos preparo e po<strong>de</strong>m ter também planos <strong>de</strong> maternida<strong>de</strong> adiados ou<br />
mesmo abandonados em consequência do tratamento, que po<strong>de</strong> levar à menopausa precoce.<br />
RIBEIRO et al. (2008) não encontraram diferenças nos quatro domínios do WHOQoL em<br />
relação a faixa etária, embora tenham observado relação entre o aumento da ida<strong>de</strong> e das<br />
médias na avaliação global da QV <strong>de</strong> idosos após quedas. PEREIRA et al. (2006) apontaram<br />
a ausência <strong>de</strong> idosos com ida<strong>de</strong> superior a 85 anos em seu estudo como hipótese responsável<br />
pela não observância da influência da ida<strong>de</strong> nos quatro domínios da QV, ressaltando que os<br />
idosos em seu estudo praticavam ati<strong>vida</strong><strong>de</strong>s físicas regulares.<br />
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